quarta-feira, 27 de junho de 2018

Contra a Sérvia, Brasil tenta evitar eliminação precoce; já Tite busca respaldar conceitos na berlinda

Resultado de imagem para BRASIL X SERVIAMoscou - Seleção brasileira e Tite, por mais que às vezes queiram parecer uma coisa só, possuem desafios diferentes na partida desta quarta-feira, contra a Sérvia. Cercada de problemas fora do roteiro, a equipe entrará com a obrigação de vencer no Estádio Spartak, às 15h (de Brasília), para garantir a classificação para as oitavas de final da Copa da Rússia sem depender do resultado do jogo entre Suíça e Costa Rica. Os três pontos podem servir de desafogo para o Brasil, mas somente eles não serão suficientes para Tite livrar convicções antigas do atual status de dúvida. Uma boa atuação é fundamental para fortalecer novamente o treinador.
Isso porque pontos fortes da seleção desde sua chegada, como o conjunto e o lado emocional, ratearam contra Suíça e Costa Rica. Gabriel Jesus, nome que Tite lançou na seleção principal, ainda não conseguiu render no Mundial o que mesmo que nas Eliminatórias, a ponto de o treinador testar Fernandinho em seu lugar durante um treino. No fim das contas, ele preferiu manter a escalação que venceu a última partida, deu mais uma chance para suas convicções mostrarem que estão certas.
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Tite tem lidado bem com a saída meio que forçada do pedestal, consequência das atuações irregulares da seleção nos dois primeiros jogos. Mesmo pressionado, distribuiu bom humor antes do jogo mais importante de sua carreira. Na ausência de um psicólogo para ensinar ao grupo como lidar com a pressão, cabe a Tite ser o exemplo de que não há motivo para alarde.

- Todas as situações são possíveis. Não descarto uma eliminação como foi contra o Tolima (em 2011, o Corinthians, então grande favorito, foi eliminado na fase preliminar da Libertadores pelo time mexicano). Com uma diferença. Eu já estou há dois anos com essa equipe. Quando acabou o segundo tempo contra a Costa Rica, ela me orgulhou. Porque normalmente chegamos aos 30 minutos do segundo tempo e bate o desespero, quebra-se o padrão, quer se apressar a situação. Quando tudo se manteve, pensei "nós vamos fazer, não é possível". Aquilo que eu não tinha contra o Tolima, hoje tenho com a seleção. Mas pode ser. É da vida.
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Tamanha serenidade não abafa o barulho que uma eliminação ainda na primeira fase de uma Copa do Mundo produzirá. A última vez que isso aconteceu com a seleção foi em 1966, curiosamente, equipe bicampeã mundial que também chegou à competição cercada das mais altas expectativas. O nível do flerte com a tragédia é o maior desde 1978 em decorrência de uma série de fatores. A falta sobre Miranda no lance do gol da Suíça não é esquecida pelo treinador, que se recusa em admitir que houve também falha de marcação no lance. As quatro lesões de jogadores desde que o grupo se juntou também não estavam nos planos e prejudicam a equipe - Douglas Costa, maduro para se tornar titular, sofreu estiramento muscular na coxa direita e corre o risco de sequer voltar a jogar nesta Copa.

Imprevisibilidade de Neymar

Mas nada tem sido tão imprevisível na seleção quanto Neymar. A condição física longe do ideal já era algo esperado. O problema é o temperamento do atacante, que transita entre a bomba-relógio e a caixinha de surpresas. O choro compulsivo ao fim da partida contra a Costa Rica foi absolvido por Miranda, capitão contra a Sérvia, e um dos responsáveis por manter a serenidade da equipe mesmo se o desenrolar da partida contra a Sérvia não for o que o Brasil espera.

- Sabemos da importância do jogo e como lidar com a pressão. Somos seleção brasileira, estamos habituados - assegurou.

Outro problema, porém, é mais grave do que as lágrimas do camisa 10: seu exagero nas reclamações já lhe custaram um cartão amarelo contra a Costa Rica e uma nova advertência deixará o Brasil desfalcado de seu principal jogador num eventual confronto de oitavas de final, que tem boas chances de ser contra a Alemanha. Tite garante que os possíveis desfalques não são uma preocupação. Se o Brasil não passar pela Sérvia, não haverá mais jogo na Rússia para se preocupar. A dor de cabeça será outra.

- Temos um jogo decisivo para nossa continuidade na competição, que vai depender fundamentalmente dele - resumiu.

Fonte:EXTRA/COPA DO MUNDO NA RÚSSIA

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