Uma ação da Polícia Civil do Rio de Janeiro resultou, neste sábado (12), na prisão e morte de Wellington da Silva Braga, o “Ecko”, chefe da maior milícia do Rio. O criminoso é um dos mais procurados do Brasil, e foi encontrado numa casa na comunidade das Três Pontes, em Paciência.
De acordo com a TV Globo, ele foi baleado na operação, por volta das 8 horas, quando visitava a mulher e os filhos. Chegou a ser socorrido pelos policiais, mas chegou já sem vida ao Hospital Municipal Miguel Couto, com dois tiros na altura do coração.
Ao longo de seis meses de investigação, a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPim) concluiu que este seria o dia ideal para capturar Ecko, que é réu em nove processos criminais por organização criminosa, homicídio, extorsão e receptação. A operação foi coordenada pela Subsecretaria de Planejamento Operacional, e, devido à data, foi denominada “Dia dos Namorados”.
Ecko circulava pela cidade carioca escoltado por seguranças, frequentava casas em bairros nobres e dialogava com policiais, traficantes e pistoleiros. Ele chefia o maior consórcio criminoso do Rio: uma milícia antes restrita à Zona Oeste, mas que agora atua em 20 bairros da cidade e outros seis municípios da Baixada Fluminense e da Costa Verde. A milícia de Ecko, composta em maioria por ex-membros do tráfico, e não mais por policiais; é hoje maior do que cada uma das três maiores facções criminosas do Rio de Janeiro, pelo critério de áreas dominadas.
Relação com Adriano da Nóbrega
Uma das contribuições para o avanço das milícias pelo Rio de Janeiro foi a aproximação entre Ecko e Adriano da Nóbrega, ex-capitão da PM morto na Bahia em 9 de fevereiro do ano passado. A cumplicidade entre eles tornou possível uma inédita aliança entre diferentes grupos criminosos.
Se antes os grupos paramilitares das zonas Oeste e Norte do Rio agiam de forma independente e descoordenada, depois da aproximação entre Ecko e Adriano passaram a ser sócios, atacando favelas dominadas pelo tráfico e defendendo seus redutos de ataques rivais. “Ecko e Adriano formaram um corredor entre as zonas Norte e Oeste todo dominado pela milícia”, resumiu um policial federal que investigou a conexão entre as quadrilhas.
Fonte:Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário