sexta-feira, 30 de setembro de 2016

COI oficializa, e 4x100m feminino do Brasil herda bronze de Pequim 2008


O Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou nesta sexta-feira que o Brasil herdará o bronze do revezamento 4x100m feminino dos Jogos de Pequim. A prova, disputada no dia 22 de agosto de 2008, teve seu resultado alterado após punição aplicada à Rússia por doping de uma das componentes do quarteto. Desta forma, receberão a láurea Rosemar Coelho Neto, Lucimar  de Moura, Thaissa Presti e Rosângela  Santos. Na ocasião, o quarteto fez o tempo de 43s14, atrás de Rússia (42s31), Bélgica (42s54) e Nigéria (43s04). Em agosto de 2016, oito anos após a disputa, o COI divulgou uma série de resultados de exames refeitos em amostras coletadas em Pequim e Londres. Uma destas reanálises indicou uso das substâncias Estanozolol e Turinabol pela atleta russa Yuliya Chermoshanskaya. 
Yuliya Chermoshanskaya  (Foto: GettyImages)Descrição da imagem: Yuliya Chermoshanskaya corre com bastão na final de 2008 (Getty Images)
A atleta foi punida com a suspensão imediata de toda e qualquer competição, sofrendo ainda desclassificação da Olimpíada chinesa. A pena foi refletida para toda a equipe, que foi intimada pelo COI a devolver as medalhas. Assim, a Bélgica herdou o primeiro lugar, enquanto a Nigéria subiu para segundo, e o Brasil, para terceiro.

Diante da falta de posicionamento oficial do COI, o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB),Carlos Arthur Nuzman enviou uma carta à entidade cobrando um retorno sobre a realocação do pódio. No último dia 28, a entidade recebeu a resposta com a confirmação de que o país seria beneficiado. No texto, o presidente Thomas Bach afirma que o Departamento de Relações com os Comitês Olímpicos Nacionais (NOCs) faria contato em breve para organizar a entrega das medalhas e dos diplomas às atletas.
- Acompanhamos o caso há tempos e fizemos pedido ao presidente Nuzman para que solicitasse a confirmação da parte do COI, já que sempre entendemos que as atletas da equipe mereciam as medalhas, em função da desqualificação da equipe russa - disse o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), José Antonio Martins 
Fernandes, o Toninho.
O bronze herdado pelo Brasil não altera a posição de país no quadro de medalhas de Pequim. A equipe verde e amarela segue na 23ª colocação geral, agora com um total de 16 pódios. Foram três ouros, quatro pratas e nove bronzes, já contando com a revisão do 4x100m feminino. Na conta histórica do atletismo em Olimpíadas, esta é a 16ª medalha. O país tem no total cinco ouros, três pratas e oito bronzes.
FONTE:G1/ATLETISMO

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