sexta-feira, 31 de maio de 2019

Desemprego fica em 12,5% em abril e atinge 13,2 milhões de pessoas

A taxa de desemprego ficou em 12,5% no trimestre encerrado em abril, e o número de desempregados chegou a 13,2 milhões, informou o IBGE. No período de novembro a janeiro, que serve como base de comparação, a taxa havia ficado em 12% e 12,7 milhões de brasileiros procuravam uma vaga. Em relação a abril do ano passado (12,9%), a taxa cedeu.

O dado foi divulgado um dia depois de o Instituto informar que a economia brasileira recuou 0,2% no primeiro trimestre do ano. O desemprego alto é uma das razões para o Produto Interno Brasileiro (PIB) ter apresentado um desempenho ruim.

O resultado veio dentro das expectativas do mercado. Apesar da queda do desemprego em relação a abril do ano passado, houve aumento tanto no desalento como na subutilização, que nunca foram tão altos.

Ao todo, 4,9 milhões de brasileiros relataram terem desistido de procurar trabalho por falta de perspectivas de serem contratados. O dealento cresceu tanto em relação ao mesmo período do ano passado como em relação ao trimestre encerrado em janeiro. Em ambos os casos, o número de desalentados era de 4,7 milhões.

O contingente de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas foi de 7 milhões no trimestre de fevereiro a abril de 2019, também o pico da série histórica do IBGE. Esse número cresceu 3,3% em relação ao trimestre anterior e 11,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Está nessa condição quem trabalhou menos de 40 horas semanais e gostaria de ter trabalhado mais, porém não encontrou oportunidades.

A população empregada foi estimada em 92,4 milhões de pessoas. Ficou estável na comparação com o trimestre anterior e ganhou dois milhões de pessoas em relação a abril do ano passado.

Emprego com carteira avança

Na semana passada, a Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia divulgou que, em abril, o mercado de trabalho formal voltou a gerar vagas. Foram criados 129.600 empregos com carteira. Este é o melhor resultado para o mês desde 2013, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

A pesquisa Pnad Contínua divulgada nesta sexta-feira, pelo IBGE, diferentemente do Caged, considera também o mercado informal.

A pesquisa do IBGE constatou um total de 33 milhões de empregados com carteira no setor privado entre janeiro e abril. É o mesmo do trimestre anterior e cresceu em relação há um ano antes (+480 mil pessoas). Já o número dos sem carteira, 11,2 milhões, ficou estável nas duas comparações.

O rendimento médio real do trabalhador brasileiro segue estável, em R$ 2.295. A soma das rendas do trabalho de todos os ocupados ficou estável em relação ao trimestre encerrado em janeiro, mas cresceu 2,8% na comparação com abril do ano passado. Foi estimada em R$ 206,8 bilhões.

FONTE:EXTRA

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