No Ceará, 60 idosos internados em instituições de longa permanência (ILPIs) morreram com causas relacionadas à infecção por Covid-19 do início da pandemia até 7 de agosto. Outros 35 óbitos são investigados. Os dados são de relatórios do Conselho Estadual dos Direitos do Idoso (Cedi).
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), o Ceará atingiu 8.043 óbitos e 191.540 casos confirmados de Covid-19 até o fim da tarde desta terça-feira (11). Outros 86.304 casos seguem em investigação.
Em todo o Estado, existem 60 abrigos do tipo ativos, com 1.710 idosos - considerados um dos principais grupos de risco para a Covid-19. Contudo, na semana a que se refere o levantamento, 13 unidades deixaram de prestar informações sobre a doença.
O promotor de Justiça Hugo Porto observa que os dados registrados nos abrigos seguem a tendência no Estado, de forma geral.
“A fase aguda veio primeiro em Fortaleza. Aqui, tivemos uma série de circunstâncias. Com a ida do vírus para o interior, os índices começam a ficar elevados, a gente percebe por uma consequência lógica. Ainda que tenham sido estabelecido os protocolos, mesmo assim, com o contato dos colaboradores, houve uma maior incidência nas ILPIs do Cariri”, analisa.
O promotor coordena a área do idoso do Grupo Especial de Combate à Pandemia do Novo Coronavírus do MPCE e afirma que foram contabilizados, recentemente, 41 testes positivos para a Covid-19 em idosos internados em uma unidade de Juazeiro do Norte, o que reforça a interiorização da doença.
Idosos celebram recuperação após contraírem Covid-19 — Foto: Arquivo Pessoal
“A gente verificou que a unidade estava com ausência de álcool em gel, distanciamento... Fizemos uma série de orientações. O que a gente espera é que as ILPIs sigam as dinâmicas de cada região. As taxas de óbitos em instituições de longa permanência de idosos são bem menores do que na população em geral. A mortalidade é bem menor”, detalha Hugo Porto.
Fonte:G1/CE
Nenhum comentário:
Postar um comentário