domingo, 30 de março de 2014

Instituto de Educação do Ceará completa 130 anos neste mês



fachada
A entidade segue como a única instituição pública do Estado a oferecer o ensino técnico pedagógico

No ano de 1922, a entidade foi transferida para o Colégio Justiniano de Serpa, na Avenida Santos Dumont. Embora hoje não haja exame de seleção, antigamente os certames para ingresso eram bastante concorridos Quando foi fundada, no ano de 1884, a primeira sede da escola ficava ao lado do Theatro José de Alencar, na esquina das ruas Liberato Barroso e 24 de Maio. Hoje, o local sedia o Iphan
Três dias antes de abolir a escravatura, o Ceará também começava uma nova etapa na educação. No dia 22 de março de 1884, inaugurava-se a primeira escola de formação para professores do Estado, a Escola Normal Pedro II. Desde 1958, chamada de Instituto de Educação do Ceará, a entidade segue como a única instituição pública do Estado a oferecer o ensino técnico pedagógico, o antigo Normal, que permite aos concludentes lecionarem na Educação Infantil e nos cinco anos do Ensino Fundamental I.Quando foi fundada, em 1884, sua primeira sede ficava ao lado do Theatro José de Alencar, na esquina das ruas Liberato Barroso e 24 de Maio, onde funcionou até 1922, quando foi transferida para o Colégio Justiniano de Serpa, na Avenida Santos Dumont. Em 1958, passou a chamar-se Instituto de Educação do Ceará e foi transferido para a Rua Napoleão Laureano, no Bairro de Fátima, onde funciona até hoje.ExigênciaDe acordo com a diretora da instituição, Maria da Paz, a escola tem, atualmente, 400 alunos, divididos nos turnos manhã e noite. A única exigência, pedida no momento da matrícula, é que o aluno tenha concluído o primeiro ano do Ensino Médio.Além dos quatro anos de estudos, os alunos ainda podem fazer dois cursos de formação continuada, em Educação Infantil, com Perspectiva Inclusiva e em Educação Especial Inclusiva. "Nossos alunos que fazem esse curso saem prontos para atuar tanto na educação de crianças com deficiência, como para os que tem altas habilidades, que são chamados de superdotados", explica Maria da Paz.ExameHoje, não há mais teste de seleção para ingressar na escola, mas em outros tempos, o Instituto de Educação do Ceará tinha um exame rigoroso para selecionar seus novos alunos. A professora Iraneide Borges, ex-aluna e também ex-diretora da instituição, tem boas recordações. "Lembro que, com 15 anos, vim de Monsenhor Tabosa para Fortaleza, para tentar estudar no Instituto, em 1979. O teste era muito concorrido e difícil, mas consegui passar", lembra. Segundo Claudenildes Monteiro, que leciona há 19 anos no Instituto de Educação, a escola era bem maior na época da fundação.Entre os alunos de hoje, as expectativas quanto a conclusão do curso são diferentes. Alguns já lecionam e buscam o aprimoramento. Outros são aposentados e ingressaram no curso para aprender mais e também conhecer outras pessoas.Para o estudante Guilherme Sousa, 20, o curso é apenas o início de um caminho profissional promissor. "Já estou lecionando, no quarto ano de uma escola particular no Castelão, onde moro e quero ingressar no nível superior em Pedagogia", disse. Já a funcionária pública aposentada Lúcia Oliveira, 61, não pretende mais lecionar, mas admite, com a voz embargada, que vai sentir saudades das aulas e da turma.Em 1893, nove anos após a fundação da Escola Normal Pedro II, o escritor Adolfo Caminha lança o livro A Normalista, que conta a história de Maria do Carmo, uma retirante órfã, que cresce em uma sociedade preconceituosa, onde até as alunas da Escola Normal sofrem má fama. De acordo com a descrição do livro, a farda era branca, azul e rosa e o prédio pintado de cinza.Kelly Garcia Repórter

FONTE:DIÁRIODONORDESTE.COM

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