O primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah, ofereceu a sua renúncia nesta sexta-feira (25), informou a agência de notícias oficial Wafa. A medida pode abrir caminho para um governo de unidade acertado entre o presidente Mahmoud Abbas e o Hamas.
Nesta quinta, Israel suspendeu as negociações de paz com os palestinos, afirmando que não pode negociar com um governo que abraça um grupo militante que defende a destruição do Estado judeu.
"Eu apresento a minha demissão e o governo está nas mãos de Vossa Excelência sempre que desejar", disse o premiê, segundo a Wafa.
Hamdallah, cujo papel está limitado à governança interna, apresentou sua renúncia no ano passado em uma disputa sobre seus poderes, mas recuou pouco depois.
O pacto de reconciliação acordado nesta quarta entre o Hamas e o partido Fatah, de Abbas, prevê a busca de um governo de tecnocratas independentes dentro de cinco semanas e a realização de eleições seis meses depois.
Não houve eleições nacionais desde que o Hamas venceu as eleições parlamentares em 2006, levando a uma breve guerra entre o Hamas e o Fatah do ano seguinte, quando o grupo militante assumiu o controle da Faixa de Gaza.
No vácuo político que se seguiu, Abbas nomeou pessoalmente Hamdallah e seu antecessor, Salam Fayyad, enquanto o próprio primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniyeh, governou em Gaza.

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