A Copa América começou com altas expectativas, muitas delas ainda não realizadas após a fase de grupos. O nível dos jogos não tem sido ótimo como na Copa do Mundo e, por enquanto, alguns craques marcaram presença apenas timidamente no Chile. Se o gol é o combustível para impulsionar o público, está faltando gasolina num país mais preocupado com a poluição gerada pela quantidade de veículos nas ruas. Os atacantes, claro, têm a sua parcela de culpa.
Dos oito times nas quartas de final, quatro ainda não viram seus principais centroavantes balançarem as redes. São eles: Falcao García (Colômbia), Edinson Cavani (Uruguai), Paolo Guerrero (Peru) e Roque Santa Cruz (Paraguai). Outros, como Alexis Sánchez (Chile), Marcelo Moreno (Bolívia), Lionel Messi (Argentina) e Roberto Firmino (Brasil), marcaram só uma vez – assim como Neymar, já curtindo as férias após a suspensão que lhe tirou do torneio. Não à toa o artilheiro é um volante: o polêmico chileno Arturo Vidal, com três gols.A média não é irrisória, mas poderia ser bem melhor. Foram 40 gols em 18 jogos (2,2 por jogo), acima da Copa América de 2011 (2,07), muito abaixo da edição de 2007 (3,3). A diferença também é considerável em comparação com as cinco principais ligas europeias. O Italiano registrou média de 2,72, seguido pelo Espanhol e Alemão (2,66), Inglês (2,57) e Francês (2,49).
A única seleção a se salvar é o Chile, que se soube construir placares altos (como no empate com o México por 3 a 3 e na vitória sobre a Bolívia por 5 a 0) mesmo com a falta de pontaria de Sánchez. Os donos da casa marcaram dez vezes – alguns degraus acima de Brasil, Paraguai, Argentina, México e Equador, todos com quatro. Os dois últimos já estão eliminados.
A Colômbia, classificada, é quem mais decepcionou até aqui. Conta em seu elenco com Falcao García, Carlos Bacca (artilheiro da Liga Europa), Jackson Martínez (artilheiro do Português) e Teo Gutiérrez (eleito o melhor jogador da América em 2014), além de James Rodríguez, goleador da última Copa... E quem fez o único gol da seleção foi um zagueiro, Jeison Murillo, contra o Brasil.
- São poucas chances de gol. Se fizer uma análise dessa Copa América vai ver que estão saindo poucos gols, a Argentina ganhou de 1 a 0 da Jamaica. Paraguai empatou 1 a 1 com o Uruguai. Sabíamos que seria um jogo duro, dessa característica – explicou Guerrero, que não marca há nove jogos (contabilizando o fim de sua passagem pelo Corinthians), ao fim do empate sem gols com a Colômbia.
FONTE:G1/COPA AMÉRICA

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