As argentinas brigaram, venderam caro cada gol, chegaram até a assustar no primeiro tempo, mas não há nas Américas no momento alguém que consiga vencer o handebol feminino do Brasil. Invicta e sem perder um jogo em Pan desde 1995, quando caiu para os Estados Unidos, a seleção brasileira derrotou a Argentina por 25 a 20 e manteve sua impressionante hegemonia em Jogos Pan-Americanos. O triunfo valeu o pentacampeonato seguido para as meninas do técnico Morten Soubak. Alexandra Nascimento e Dani Piedade, as mais experientes do grupo, chegaram ao seu tetracampeonato no Canadá. Com seis gols, a própria Alê foi quem mais marcou. Ana Paula fez cinco.
- Já estávamos nos preparando e sabíamos que não ia ser fácil. Em Cuba (no Pan da modalidade), o Brasil conseguiu um jogo fácil até o final. E sabíamos que elas viriam para matar. No primeiro tempo demos mole, não conseguimos impor nosso jogo, mas no segundo tempo todo mundo conseguiu acordar e conseguimos jogar o handebol alegre do Brasil - disse Alexandra Nascimento.
Alexandra Nascimento comemora vitória sobre a Argentina (Foto: Cinara Piccolo/Photo&grafia)
Na primeira fase, a seleção brasileira atropelou todos os adversários. Venceu na estreia Porto Rico por 38 a 21. Depois, bateu o Canadá pelo placar de 48 a 12. Fechando a primeira fase, derrubou o México por 34 a 19. Nas semifinais, a seleção também não tomou conhecimento do Uruguai, vencendo por fáceis 40 a 22.
O Brasil agora mira suas atenções para o Mundial da modalidade, que acontece em dezembro, na Dinamarca. A seleção é a atual campeã do mundo, título conquistado na Sérvia, em 2013. As meninas do Brasil estão no Grupo com a própria Argentina, França, Alemanha, Coreia do Sul e Congo. O torneio vai de 5 a 20 de dezembro.
- Não conseguimos fazer o contra-ataque no primeiro tempo. A Argentina estava muito bem preparada para a nossa ação ofensiva. Depois, conseguimos pegar confiança, arremessar melhor. O primeiro tempo foi mais mérito da Argentina. Parabéns para elas. Elas deram 100%. Antes do jogo falei para as meninas tomarem cuidado e não acharem que o jogo seria fácil - explicou o técnico Morten Soubak.
Para a Argentina, um alento. Apesar do vice, a seleção argentina pôde comemorar a vaga olímpica. A vaga para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foi garantida a partir do momento que a equipe chegou à decisão contra o Brasil. A vaga seria da campeã, mas como o Brasil já estava garantido, a Argentina herdou o posto.
Brasileiras festejam, ainda na quadra, a conquista do ouro pan-americano (Foto: José Méndez/EFE)
argentina complica no primeiro tempo
Trabalhando muito com Mena no pivô, a Argentina conseguia tiros de sete metros um atrás do outro e os convertia: 8 a 4 aos 12 minutos. Alê, em tiro de sete metros sofrido por Fernanda, colocou o Brasil bem perto com 8 a 6. Fernanda, em saída rápida para o ataque, anotou mais um: 8 a 7. Amanda, aos 19, empatou. Tamires, em jogada de pivô, virou para a seleção em 10 a 9. Com dois gols seguidos de Karsten e outro de Sans, a Argentina passou à frente de novo com 12 a 10. Em escalada rápida, o Brasil ainda igualou em 12 a 12 ao fim da etapa.
seleção acorda e resolve o jogo em 10 minutos
Aos 22 minutos, o Brasil abriu dez gols com Jéssica Quintino. A Argentina só voltou a marcar aos 20 minutos, com Karsten, mas a essa hora o jogo era completamente brasileiro. Perdendo o jogo e a cabeça, a própria Karsten provocou Deonise e fez ambas ganharem punição, ficando dois minutos fora de quadra. Ana Paula também levou dois minutos em seguida, e o Brasil ficou com desvantagem numérica, ajudando as hermanas a descontar e trazer o placar para 24 a 16. Nos últimos minutos, a seleção chegou a diminuir o ritmo, a Argentina diminuiu para 25 a 20, mas a vitória já era brasileira. E o pentacampeonato também.
FonteG1/PAN AMERICANOS
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