De origem humilde, Valesca Popozuda é uma das principais funkeiras a usar o sucesso na música em defesa do empoderamento feminino. Suas canções valorizam a liberdade sexual feminina e defendem o direito de escolha da mulher sobre o próprio destino. "Desde pequena sempre fui do time 'meninas tem que defender meninas'. E quando cresci, entendi tudo isso muito melhor."A conscientização de Valesca em relação ao feminismo se aprofundou após presenciar, na infância, sua mãe ser vítima de violência doméstica. "Cresci pronta pra defender qualquer mulher de qualquer agressão".
A funkeira encara de frente não somente o machismo, mas também preconceito de classe. "Já entrei em loja de grife e não vieram me atender achando que eu não tinha dinheiro pra comprar. Isso não me abalou". Em entrevista à Marie Claire, a artista reitera sua luta por um mundo mais igualitário, fala da criação do filho e garante: “na minha vida, mando eu!”
Marie Claire – Quando começou seu interesse por temas como feminismo e empoderamento feminino?
Valesca – Desde pequena sempre fui do time “meninas tem que defender meninas”. E quando cresci, entendi tudo isso muito melhor. Na época da Gaiola (das Popozudas), comecei a me dar conta que eu poderia me expressar melhor sobre o assunto. E foi assim: tempos depois minha voz ganhou mais espaço e pude falar e defender minhas ideias e valores.
MC – Por que você acha que virou uma referência nesse assunto?
VP - Acredito que por encarar de frente os temas e não fugir de nenhuma critica a respeito. Falo mesmo quando acho que devo.
MC – Na sua opinião, funk e feminismo combinam?
VP – Claro que combinam. Dão super certo. Acredito que pelo funk retratar muito a realidade das coisas, as letras acabam tendo forte influência na mídia.
MC - Por que você acha que coisas ruins são atribuídas ao funk sempre que um caso de violência em comunidade ganha os noticiários?
VP – Toda periferia tem de tudo: sexo, drogas, violência e injustiças. O funk retrata toda essa realidade e isso incomoda bastante. Mas não dá para justificar com o funk tudo de ruim que acontece nesses lugares.
Fonte:MARIE CLAIRE

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