
Na teoria, trata-se de um 4-2-2-2, com duas linhas de homens de
ataque de baixo poder de marcação: Camilo, Pimpão, Montillo e Roger. Na
prática, os dois primeiros voltam assim mesmo, fazem coberturas, e o
time não fica tão exposto. No placar, a tática vem dando certo: venceu o
Colo-Colo, do Chile, por 2 a 1 há duas semanas, e na última
quarta-feira fez 1 a 0 sobre o Olimpia, do Paraguai, ambos no Estádio
Nilton Santos. Só que, nos números gerais, a formação ainda precisa de
alguns ajustes. Isto porque foram apenas cinco chances reais de gol em
duas partidas, sendo só duas em 90 minutos diante dos paraguaios e a
sensação de que cabia mais.
Diferentemente da estreia, o
Botafogo na última quarta contou com a formação apenas durante 14
minutos, até Montillo sair com um problema muscular na panturrilha
direita. João Paulo entrou em seu lugar e formou uma segunda linha de
quatro com Airton, Bruno Silva e Pimpão, que cobria a lateral esquerda,
avançando Camilo para jogar mais próximo de Roger – função que seria do
argentino. Mas na etapa final Jair voltou a arriscar com mais um
atacante, Guilherme, na vaga de um volante, Bruno Silva. O time voltou a
ficar "superofensivo", só que continuou com baixo poder de fogo. Além
do gol, a única oportunidade clara foi um chute cruzado de Roger.
SINA DA DUPLA CAMILO & MONTILLO
A
pergunta da pré-temporada era: Camilo e Montillo podem jogar juntos?
Jair garantiu que sim, e até já tinha a fórmula para isso. A expectativa
da torcida ficou enorme, mas está difícil ver os dois juntos em campo.
Camillo ficou fora da estreia no Carioca por ter sido convocado para a
seleção brasileira, com isso o debute da dupla só foi possível no duelo
de ida contra o Colo-Colo, porém, sem grande destaque. No duelo de
volta, Camilo sentiu a coxa e não jogou. E agora, foi a vez de Montillo
sofrer uma contratura muscular na panturrilha após atuar apenas 14
minutos ao lado do camisa 10 diante do Olimpia. Passando a ser dúvida
para o duelo da próxima quarta-feira.
Montillo jogou por apenas 14 minutos e segue sina de não conseguir atuar muito tempo com Camilo (Foto: André Durão)
Se
por um lado o ataque deixou a desejar, por outro atestou aquele velho
ditado do futebol de que "a melhor defesa é o ataque". Com uma formação
mais ofensiva, o Botafogo terminou pela primeira vez na temporada uma
partida oficial sem sofrer gols. Mesmo tendo ficado por vezes exposto no
segundo tempo ao atacar com quatro jogadores, perder a bola e ser
contra-atacado. De quebra, espantou um antigo fantasma: a bola aérea,
pesadelo do time em 2016 e que decidiu também o último clássico a favor
do Flamengo. O chuveirinho também é um ponto forte do Olimpia, mas
Marcelo, Emerson Silva e companhia ganharam todas as disputas pelo alto.
Os
jogadores do Botafogo se reapresentam na tarde desta quinta-feira no
campo anexo do Estádio Nilton Santos, onde Jair começará a montar o time
para enfrentar o Boavista neste domingo, às 17h (de Brasília) em
Bacaxá, pelo Campeonato Carioca – o Alvinegro já está fora da disputa
pelo título da Taça Guanabara. Os titulares serão preservados para a
partida de volta contra o Olimpia, na próxima quarta-feira, às 21h45 (de
Brasília), no Defensores del Chaco, em Assunção. A equipe joga pelo
empate para chegar à fase de grupos da Libertadores.
FONTE:G1/TAÇA LIBERTADORES
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