sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

QG no hotel e almoço à meia-noite: como Mattos fez Borja palmeirense

A notícia da contratação de Miguel Borja, com uma fotografia do atacante ao lado de Alexandre Mattos, foi publicada no site do Palmeiras às 23h45 (de Brasília) desta quinta-feira. Somente depois disso é que o diretor de futebol finalmente se sentou para "almoçar" na Colômbia.

Segundo pessoas próximas, após fazer escala em Bogotá e chegar a Medellín pouco depois das 8h da manhã – ou 5h no horário local, já que a diferença atual no fuso é de três horas a mais em São Paulo em relação à capital colombiana –, o dirigente se dirigiu ao hotel que viria a ser seu "quartel-general" para o restante do dia.
 
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Resultado de imagem para borja no palmeirasFoi lá que, pouco depois, ele recebeu Óscar Ignacio Martán, presidente do Cortuluá (clube que Borja defendeu no início de carreira e antes de atuar no Atlético Nacional) e investidor, e o empresário Juan Pablo Pachon. Apesar do desejo do jogador de 24 anos de se transferir para o futebol brasileiro, o agente teria feito jogo duro nas exigências iniciais.

A proposta levada por Mattos era de US$ 10,5 milhões por 70% dos direitos econômicos – valores bancados pela Crefisa, patrocinadora do clube, que só não emprestou um avião privativo porque o utilizaria nesta quinta-feira. A oferta, mesmo menor do que a apresentada por um clube chinês, já havia adiantado a negociação nos contatos feitos ainda no Brasil.

Borja foi o último a aparecer, cerca de quatro horas depois do início das conversas, para ouvir pessoalmente o que o Palmeiras tinha a oferecer. Entre outras coisas, luvas de R$ 1,2 milhão e salário de US$ 85 mil
Em seguida, foi a vez de chegar ao hotel o presidente do Nacional, Juan Carlos de la Cuesta. Embora convencido pela vontade do atleta de sair, o dirigente também bateu o pé para diminuir a quantidade total de parcelas. Com concordância da patrocinadora, o homem forte do futebol palmeirense então propôs dividir o pagamento em apenas três vezes.
 
Resultado de imagem para borja no palmeirasPor fim, quase quatro horas depois do início das conversas, Borja apareceu. Enquanto seus colegas de elenco se preparavam para a estreia no Campeonato Colombiano (diante do Atlético Bucaramanga, à noite), o atacante foi ouvir pessoalmente o que o Palmeiras tinha a lhe oferecer. Entre outras coisas, luvas de R$ 1,2 milhão (diluídos nos cinco anos de vínculo) e salário de US$ 85 mil.

Nesse meio-tempo, Mattos não deixou o local em nenhum momento. A exemplo do que já havia feito em outras negociações consideradas difíceis – como a do atacante Dudu, em 2015, que surpreendeu os rivais Corinthians e São Paulo, apontados como prováveis destinos –, o dirigente usou como estratégia "prender" ao seu lado todas as pessoas envolvidas diretamente no assunto. A informação é de que havia representantes chineses em Medellín.
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Por volta de 21h30 (18h30 na Colômbia), o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, que prestigiava evento em homenagem à Leila Pereira (presidente da Crefisa), foi informado que o acerto estava próximo. As duas horas seguintes serviram para finalizar detalhes burocráticos, colocar o "verde no branco" e dar ao novo reforço uma camisa alviverde.
Assinado o vínculo válido por cinco temporadas, Mattos entregou a Borja também uma passagem para São Paulo – eles chegam juntos na manhã deste sábado – e foi finalmente "almoçar".
 
FONTE:G1/PALMEIRAS

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