De "Clássico da Paz" para "Clássico dos Clássicos": movimento quer mudar alcunha para os confrontos entre Ferroviário e Ceará. Tubarão já incorpora novo apelido, mas Vovô quer manter nome em prol da paz.Não é das tarefas mais fáceis mudar a alcunha de uma partida de futebol, mas isso não parece incomodar alguns conselheiros do Ferroviário, dispostos a transformar o confronto contra o Ceará em %u201CClássico dos Clássicos%u201D e não mais chamá-lo de %u201CClássico da Paz%u201D. A diretoria do Tubarão da Barra está decidida a aderir a mudança, e o novo nome já está sendo utilizado nas redes sociais e site oficial do clube. Já o Ceará afirmou ser a favor de manter o nome atual, pois valoriza o que mais se clama no futebol: a paz.
Da década de 1930 até o início da década de 1970, o apelido do jogo entre Ceará e Ferroviário era %u201CClássico das Multidões%u201D, já que ambos levavam maior público aos estádios. Com o crescimento do Fortaleza, que também agregou uma torcida de massa e muito presente nos estádios, como a do Ceará, o %u201CClássico-Rei%u201D ganhou notoriedade perene.
Na década de 1990, já sem uma denominação elogiosa, afinal, Clássico das Multidões não fazia mais sentido, surgiu o Clássico da Paz, como explica Evandro Ferreira Gomes, conselheiro do Tubarão da Barra, historiador do clube e ex-diretor de futebol. %u201CComeçou a onda de violência por causa das torcidas organizadas e então quiseram simbolizar a paz com Ceará e Ferroviário entrando em campo um com a bandeira do outro. Foi o que ocorreu%u201D.
A ideia de tentar rebatizar o confronto agora em 2017 partiu de outro conselheiro do Ferroviário, Chateaubriand Arrais Filho. %u201CClássico da Paz não traduz a grandeza do espetáculo, por mais que seja um nome politicamente corretíssimo. O objetivo não é rivalizar ou diminuir o grandioso Clássico Rei, mas apenas traduzir melhor a grandeza do confronto%u201D.
Evidente que o apelido de um jogo não guarda relação com o desempenho técnico ou tático e também pouco tem influência na presença de público, mas a importância histórica do Tubarão é real e é preciso que as novas gerações tenham conhecimento disso.
O desafio coral, entretanto, é muito maior do que renomear o confronto contra o Ceará. Independente de ganhar o Estadual em 2017 %u2014 algo que seria inimaginável alguns meses atrás %u2014 o clube necessita se reerguer com pilares firmes, em todos os sentidos. Em 2018, além do Campeonato Cearense, o Ferrão estará na Copa do Brasil, na Copa do Nordeste e no Campeonato Brasileiro da Série D.
É uma enorme e raríssima oportunidade para um ressurgimento.
FERNANDO GRAZIANI
FONTE:O POVO /CAMPEONATO CEARENSE 2017
FONTE:O POVO /CAMPEONATO CEARENSE 2017
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