Há quase quatro meses no Palmeiras, Miguel Borja ainda está longe de ser unanimidade. Maior investimento da história alviverde, o atacante colombiano teve de amargar contra o Internacional o banco de reservas pela segunda vez consecutiva e, para piorar, não tem a confiança do técnico Cuca para ser a referência da equipe.
Depois de apoiar o jogador publicamente ao ser contratado, o treinador agora não esconde que está insatisfeito. Os dois gols marcados contra o Vasco foram insuficientes. Para dificultar ainda mais a vida do goleador, Cuca fala publicamente que espera pela chegada de um outro jogador da posição.
Mas, afinal, o que falta para Borja ganhar a confiança de Cuca e deslanchar no Palmeiras? O GloboEsporte.com lista abaixo uma série de exigências feitas pelo treinador para que o centroavante colombiano entre nos padrões do time e possa se firmar.
Veja o que Cuca espera de Borja:
Movimentação
Cuca gosta de atacantes que se movimentem no setor ofensivo. Não por acaso, já solicitou aos dirigentes a contratação de um jogador com as características de Gabriel Jesus. Contra o Inter, por exemplo, o treinador cobrou do time mais inversões e entradas em diagonal para tentar surpreender a defesa gaúcha. Borja entrou no segundo tempo, mas não teve destaque.
Ajudar na marcação
Uma das ideias principais do Palmeiras campeão brasileiro de 2016 foi pressionar a saída de bola. Um posicionamento sem dar espaços no campo de ataque obriga o adversário a fazer lançamentos. Borja não está acostumado com esse tipo de jogo. Nas partidas anteriores, o atacante teve dificuldade para correr atrás dos defensores adversários.Participar mais do jogo
A pouca movimentação facilita o sistema defensivo rival, que vê o atacante ficar em zona de impedimento. Esse é um problema que já havia sido identificado por Eduardo Baptista. O antigo treinador alviverde via o atleta "desligado" em algumas disputas. No Beira-Rio, ele participou do lance do gol de Thiago Santos, ao dividir pelo alto com a defesa colorada e o volante palmeirense.
Receber mais a bola
O poder de finalização do atacante é inegável. Não à toa, ele foi eleito o Rei da América em 2016 e um dos principais destaques do Atlético Nacional, a sensação do futebol sul-americano no ano passado. Geralmente preso entre os zagueiros, Borja vem sofrendo para receber a bola em condições de finalizar.
Borja foi carregado por torcedores na chegada ao Brasil (Foto: Jales Valquer/FotoArena/Estadão Conteúdo)
Adaptação
A realidade do futebol brasileiro é algo que ainda precisa ser assimiliada pelo jogador, além da grande e frequente concorrência. Apesar de chegar ao clube badalado, o centroavante disputa a posição com Willian, jogador bastante rodado no país e que não teve problemas ao chegar do Cruzeiro. Em entrevista recente, Borja citou a adaptação também de sua família ao novo país. A presença de Yerry Mina e Alejandro Guerra no elenco é benéfica ao atacante.
Pressão
Maior investimento do Palmeiras e carregado por torcedores na sua chegada ao Brasil, Borja viu o que deveria ser um estímulo se transformar em cobrança extra. Apesar do grande desempenho no Atlético Nacional, o atacante não estava acostumado com tanta badalação. A situação é bem diferente do que passou em clubes menores, como Cortuluá, da Colômbia, e Livorno, da Itália. Cuca já pediu paciência e apoio da torcida ao atacante, que tem perfil mais quieto e reservado.
FONTE:G1/PALMEIRAS

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