O número de assaltos a ônibus em Fortaleza cresceu no primeiro semestre, mas caiu em julho, quando os agentes de segurança reforçaram as fiscalizações no interior dos coletivos na capital cearense.
Nos seis primeiros meses deste ano, foram 1529 assaltos. O mês de maior número de crimes desse tipo foi maio, com 355 assaltos a coletivos, com redução nos dois meses seguintes. Em julho, foram 159 assaltos, a redução foi de 44% em relação ao mesmo mês de do ano passado.
Em julho, foram realizadas mais de 1,7 mil operações policiais no interior dos ônibus, o que resultou na diminuição, de acordo com o titular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, delegado André Costa.
"As abordagens já têm trazido resultados tanto em relação à prevenção [de crimes] e a prisões, o que não estava acontecendo dentro dos coletivos, como também na saída dos coletivos, logo após os assaltos."
Ainda conforme o delegado, em muitos casos, os autores de assaltos a coletivos são adolescentes armados com faca.
Trabalho integrado
Cai o número de assalto a ônibus em Fortaleza em julho
Os dados são baseados nos boletins de ocorrência feitos pelo sindicato dos empresários do transporte coletivo de Fortaleza, que trabalham de forma integrada com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
De acordo com o presidente do sindicato, Dimas Barreiras, o fornecimento dos dados facilita o trabalho dos policiais.
"De cada assalto, com relação a local, quantidade de armas, horários, tipo de armas, todas essas informações são alimentadas. A gente envia diariamente para a Secretaria de Segurança e isso vai alimentando a inteligência dessa atuação. A polícia tem o mapeamento da cidade pelas AIS e isso vai orientando as 10 abordagens diárias mínimas para que elas não ocorram de maneira pouco eficaz", afirma Dimas.
"Ela ocorra realmente de maneira sempre que se percebe um padrão, se concentrando em determinado local e horário para que a polícia atue nesse horário e tente pegar o assaltante que está ali prestando. Mas sempre com essa preocupação: de essa rotina não ser da polícia. Se a gente percebe uma rotina dos assaltantes a gente apura, mas a polícia tem de evitar ter rotina nessas ações", completa.
FONTE:G1/CE
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