sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Sindicato de servidores dos Correios mantém greve no Ceará

Funcionários dos Correios do Ceará continuam paralisados mesmo depois de o vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Emmanoel Pereira, ter declarado abusiva a greve da categoria.

De acordo com o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Correios, Telégrafos e Similiares do Estado do Ceará (SINTECT-CE), Luís Francisco Moreira Santiago, a paralisação deve permanecer já que foi uma decisão tomada de forma nacional e aprovada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).

"Vamos sim manter a paralisação. Temos que reforçar que a decisão foi tomada em conjunto com outros estados nacionais. Manteremos porque a decisão foi em assembleia nacional em conjunto e em acordo com a Fentect".

Os Correios informaram que, no Ceará, a paralisação não afeta os serviços de atendimento e está concentrada na área de distribuição.

Adesão

A adesão ao décimo de greve dos Correios no Ceará é de 70%. Segundo Santiago a reivindicação da categoria é referente ao reajuste salarial de 8% e à manutenção de benefícios, entre eles, a criação de concurso público e plano de saúde que, segundo os trabalhadores, havia sido acordado previamente, mas a empresa não cumpriu.

Outra preocupação do sindicato é a segurança. Preocupação nacional, conforme Santiago. O coordenador do SINTECT-CE afirma que das 212 agências dos Correios existentes no estado 175 não terá mais segurança armada o que vai colocar a segurança dos funcionários e da população em perigo. “Se com segurança armada já acontecem os assaltos, imagina sem segurança. É outra preocupação da categoria, não só em âmbito local como nacional”, disse.

A categoria está reunida nesta sexta-feira (29) no Centro de Distribuição dos Correios, da Avenida Oliveira Paiva, na Cidade dos Funcionários, em Fortaleza.

Negociação sem sucesso

Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) foram mais de 50 dias de negociação, sem sucesso. Entre os motivos da greve estão o fechamento de agências por todo o país, pressão para adesão ao plano de demissão voluntária, ameaça de demissão motivada com alegação da crise, ameaça de privatização, corte de investimentos em todo o país, falta de concurso público, redução no número de funcionários, além de mudanças no plano de saúde e suspensão das férias para todos os trabalhadores, exceto para aqueles que já estão com férias vencidas.

A paralisação envolve os trabalhadores dos sindicatos de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Brasília (DF), Campinas (SP), Ceará, Espírito Santo, Goiás, Juiz de Fora (MG), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Ribeirão Preto (SP), Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Maria (RS), Santos (SP), São José do Rio Preto (SP), Sergipe, Santa Catarina, Uberaba (MG) e Vale do Paraíba (SP).

Segundo a Fentect, a paralisação é parcial, com redução de funcionários nas agências.

FONTE:G1/CE

Nenhum comentário:

Postar um comentário