O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) abriu inquérito para apurar agressões contra detentos, registradas em vídeos dentro de presídios de Goiás. Imagens entregues ao órgão mostram casos de reeducando tomando choques de agentes do Grupo de Operações Penitenciarias (Gope) mesmo sem apresentar nenhuma reação (veja acima). Dois servidores foram afastados.
No presídio de São Luís de Montes Belos, no centro de Goiás, é possível ver um preso gritando antes de levar um choque quando está sentado no chão.
Já em Jataí, no sudoeste, uma cena parecida foi flagrada. O detento estava dormindo quando os agentes entram na cela. Eles disparam duas vezes contra o homem, que cai da cama.
Outro caso ocorreu em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. Um detento sentado leva um choque. Ele levanta e leva outro.
Agente delatou casos
As imagens foram repassadas ao MP por um dos agentes que participava das revistas, mas não concordava com os atos violentos praticados. A partir disso, o promotor de Justiça Marcelo Celestino começou a investigar o caso.
“Ali já ficou comprovado que é maus-tratos. Não é a forma que deve ser adotada na condução de presos dentro do sistema prisional, ou seja, quando você comete uma injustiça contra o preso, você cria um motivo de rebelião no sistema. Pode contaminar e gerar uma rebelião muito maior dentro do sistema prisional”, explica.
Celestino quer averiguar se o procedimento é praxe em todas as unidades prisionais do estado. Ele chegou a receber uma carta de um detento do Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. No texto, ele afirma que, ao terminar o banho de sol, durante uma revista, os agentes jogaram spray de pimenta nos olhos dos presos.
FONTE:G1/TV ANHANGUERA
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