Como sempre, não faltou flamenguista no Maracanã. Esta torcida enorme merecia mais do que três títulos internacionais em mais de 100 anos de história. Uma Libertadores e um Mundial com o time encantado de 1981, uma Mercosul em 1999 e nada mais. Oportunidades, não faltaram. A mais recente, esta da noite de quarta-feira contra o Independiente no Rio de Janeiro. Maracanã com capacidade máxima, time insuficiente no espírito, na atitude, na têmpera de campeão que falta à equipe comandada por Reinaldo Rueda. O treinador tem pouco tempo de trabalho e duas finais perdidas em menos de seis meses. Considero-o muito bom técnico, mas leva tempo para entender um clube grande no país vizinho, ainda mais quando o clube grande tem a maior torcida do país.Contra o Independiente, o Flamengo fez pouco, criou pouco, não deu ao torcedor em momento nenhum a impressão de que seria capaz de fazer mais do que jogar futebol. Falta têmpera aos principais líderes do time. Diego e Everton Ribeiro, por exemplo, seriam essenciais num time que já estivesse afirmado. Esta equipe ganharia simplesmente por ser melhor e jogar o melhor futebol. O Flamengo ainda não está neste estágio. É um time que se atrapalha fácil, que tem como principais estrelas jogadores incapazes de superação, de ir adiante do que é sua fronteira natural. Diego e Everton Ribeiro são excelentes jogadores, mas não superam nada que esteja além da bola propriamente jogada. Falta têmpera ao Flamengo, a que levou o Independiente ao empate no Maracanã e à conquista do mesmo título de 1995. O nome era outro, mas a competição é igual.
O Independiente, modesto e organizado, será o adversário do Grêmio em dois jogos de fevereiro. Quem ganhar será campeão da Recopa.
Fonte:G1/FINAL DA COPA SUL-AMERICANA 2017
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