Em uma rápida passagem pela Convenção Nacional Extraordinária do PMDB nesta terça-feira (19), o presidente da República, Michel Temer, voltou a defender a reforma da Previdência e sugeriu que pessoas que ganham mais façam uma previdência complementar.
Nesta terça, a cúpula peemedebista está reunida para decidir sobre a mudança da sigla PMDB para MDB, resgatando o nome original da legenda. Depois de avisar, por meio da assessoria, que não participaria do evento, Michel Temer apareceu e fez um discurso de 10 minutos.
“Governo reformista que agora deve caminhar para a questão da Previdência Social que, na verdade, não prejudica ninguém. Não prejudica mesmo aqueles que ganham acima de R$ 5.330, o teto na Previdência social”, disse.
“Esses também não tomam prejuízo, porque quem ganha R$ 25, R$ 30 mil vai fazer uma previdência complementar. Nessa previdência complementar o que vai acontecer é o seguinte: o sujeito vai perder por mês R$ 500, 600, para poder ter a previdência complementar. Então todos saem ganhando”, completou.
O peemedebista afirmou ainda que sem a reforma da Previdência “daqui a 2, ou 3 anos” não haverá mais dinheiro para pagar aposentadorias.
“No projeto atual, há uma economia para o país de cerca de R$ 600 bilhões em 10 anos. E não podemos brincar com isso, porque se nós brincarmos com isso, daqui a pouco nós não vamos ter dinheiro para pagar aposentado. E daqui a pouco, digo, daqui a dois três anos”, declarou.
Durante o discurso, Temer destacou as mudanças promovidas por seu governo, como o teto de gastos e as reformas do ensino médio e trabalhista.
O presidente afirmou que as alterações na legislação só foram possíveis com o apoio do PMDB e do Congresso Nacional que deixou de ser visto como um “apêndice do Executivo”.
Ele lembrou uma reunião do Conselhão no Palácio do Planalto em que o publicitário Nizan Guanaes sugeriu a Temer que aproveitasse sua impopularidade para fazer as reformas necessárias. “Eu segui o conselho”, disse.
Temer, que nas últimas semanas vem enfrentando problemas de saúde, declarou ainda que participar da Convenção do PMDB dá a ele uma “força extraordinária” e uma “vitalidade” para tocar o governo.
Fonte:G1/POLÍTICA
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