A análise fria do resultado é enganosa. Olhar só o placar de 3 a 1 na vitória do Flamengo sobre o Boavista, no Maracanã, é fechar os olhos para mais uma apresentação que não permite empolgação exagerada. Esse gira-gira de jogadores instituído por Abel Braga é bom para dar condição física a todos, mas tem seu custo: um time que ainda mostra um padrão definido de jogo.
O lado bom da história é que o talento individual sobra, a derrota ainda não veio, e o Flamengo está classificado às semifinais da Taça Guanabara. O primeiro lugar assegurado já nesta rodada depende de um empate entre Bangu e Cabofriense.
Henrique Dourado, Uribe e Rodrigo Caio balançaram as redes para o Fla, que adotou uma formação muito ofensiva quando o "calo" apertou. O rubro-negro chegou à terceira vitória em quatro jogos, mas ainda não foi dessa vez que saiu de campo sem sofrer gols.
A diferença em relação às três partidas anteriores é que conseguiu largar em vantagem no placar. Mais por incompetência do Boavista, que perdeu uma chance claríssima no primeiro tempo, do que pela capacidade de se manter longe do perigo. O atacante Lucas, que arrancou e ficou cara cara com César, deve estar se lamentando até agora por não ter conseguido finalizar de forma apropriada. O erro aliviou um pouco a barra do jovem Jean Lucas, já que foi um erro do meio-campista que fez nascer a jogada.
Para pavimentar o caminho da vitória, a eficiência dos centroavantes foi fundamental. Primeiro, Henrique Dourado aproveitou o rebote em chute de Vitinho para, ainda na etapa inicial, abrir o placar.
Levar o empate, em um belo chute de Arthur, foi um susto que obviamente passava longe do script do Fla.
Tirar Uribe do banco foi a sacada de Abel para voltar à frente do placar. No fim, uma cabeçada de Rodrigo Caio, que Gabigol jura ter desviado, selou a vitória.
Fonte:EXTRA/TAÇA GUANABARA 2019
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