quarta-feira, 31 de julho de 2019

Desemprego cai para 12%, mas ainda atinge 12,8 milhões de brasileiros

RIO — Depois de um começo de ano ruim para quem busca trabalho, o desemprego cedeu no segundo trimestre do ano. O número de pessoas que procura uma vaga caiu para 12,8 milhões, e a taxa para 12%. Os dados são da pesquisa Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira.

O levantamento considera tanto o mercado que contrata com carteira quanto o informal. A taxa veio em linha com a previsão dos analistas consultados pela Bloomberg, que projetavam desemprego de 12% no período.


Se considerados, além dos desempregados, as pessoas que desistiram de procurar emprego diante da dificuldade de encontrar uma vaga, trabalhadores que fazem uma jornada semanal inferior a 40 horas e gostariam de trabalhar mais, e pessoas que procuraram vaga mas não estavam disponíveis para começar por razões diversas, como não ter com quem deixar o filho, é possível dizer que falta trabalho para 28,4 milhões de brasileiros. Esse grupo ficou estável em relação ao começo do ano, mas cresceu na comparação com o segundo trimestre de 2018, em 923 mil pessoas.

O número de desalentados, aqueles que desistiram de procurar vaga por falta de esperança, foi estimado em 4,9 milhões de pessoas e ficou estável nas duas comparações.


O grupo de desempregados encolheu em 621 mil pessoas em relação ao começo deste ano e ficou estável na comparação com o segundo trimestre de 2018.

A população empregada cresceu nas duas comparações, somando 93,3 milhões de pessoas - mais 1,5 milhão de pessoas em relação ao trimestre anterior e mais 2,4 milhão na comparação como o mesmo período de 2018. Cresceu o número de trabalhadores com carteira, para 33,2 milhões de pessoas, mas o número de trabalhadores sem carteira também subiu, para 11,5 milhões de pessoas.

— Pela primeira vez, desde o início da recessão, em 2014, a carteira de trabalho desponta. É um movimento importante, principalmente porque metade das vagas geradas estão na indústria, que sempre é indicativo de entrada e saída da crise — explica Cimar Azeredo, diretor-adjunto de Pesquisas e coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Ele ressalta que tanto a população ocupada quanto o emprego com carteira, no segundo trimestre do ano, cresceram mais (2,6% e 1,4%, respectivamente, em relação a um ano antes) do que o crescimento natural da população em idade para trabalhar, que expandiu 1% no mesmo período. Segundo Azeredo, o emprego com carteira cresceu basicamente em São Paulo e Minas Gerais.

No primeiro trimestre do ano, nenhum setor da economia contratou e tanto o grupo de desocupados quanto a taxa de desemprego haviam crescido, para 13,4 milhões e 12,7%, respectivamente. Faltava emprego para um em cada quatro trabalhadores no Brasil.

Havia 28,3 milhões de brasileiros nessa situação, o maior patamar já então registrado na pesquisa. Um ano antes, no segundo trimestre de 2018, o desemprego atingia 12,9 milhões de pessoas e a taxa era de 12,4%. Faltava emprego para um total de 27,6 milhões de pessoas.

Já no segundo trimestre, cinco setores voltaram a contratar, em relação ao trimestre anterior: a indústria teve alta de 319 mil pessoas, a agricultura de 233 mil, a administração pública de 469 mil, outros serviços 150 mil e serviços domésticos mais 150 mil. Em relação ao ano anterior, a população ocupada na indústria ficou estável, em 12 milhões de trabalhadores.


Foram oferecidas 881 oportunidades de emprego, em diferentes setores, como técnico administrativo, auxiliar de loja, auxiliar de cozinha, operadora de caixa, entre outros Foto: Fabiano Rocha / Agência O GloboCandidatos chegaram ao local na noite de quinta-feira para aguardar a distribuição de senhas Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo De acordo com o coordenador da feira, Paulo Vasconcelos, a grande maioria está desempregada há mais de um ano Foto: Fabiano Rocha / Agência O GloboDados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na quinta-feira, apontam que o Brasil criou 408 mil vagas de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre deste ano Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

Caged: resultado é o melhor para o período desde 2014, ou seja, em cinco anos Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo Candidatos precisam aguadar pelo menos uma semana para saber se conseguiram o emprego Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo .O cenário é o seguinte: pessoas com graduação em faculdade se candidatam a vagas de auxiliar de serviços gerais Foto: Fabiano Rocha / Agência O GloboCandidatos chegaram na noite de quinta para garantir lugar na fila e conseguir senha. Teve gente dormindo na fila Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo Distribuição de senhas começou no início da manhã Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

A fila de candidatos chegou a dobrar a esquina Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

Considerando apenas o mercado formal, foram geradas 408,5 mil novas vagas com carteira assinada no primeiro semestre do ano, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia.


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De acordo com o governo, trata-se do melhor resultado para este período desde 2014, ou seja, em cinco anos. No mesmo período do ano passado, por exemplo, foram abertas 392.461 vagas com carteira assinada.

O saldo é a diferença entre as contratações e as demissões. Nos seis primeiros meses deste ano, o país registrou 8.221.237 contratações e 7.812.737 demissões.

FONTE:GLOBO

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