segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Número de ataques cai, mas chegam ao 10º dia consecutivo no Ceará

Criminosos atearam fogo em um caminhão no Bairro Jangurussu, em Fortaleza, na madrugada deste domingo (29), 10º dia seguido de ataques coordenados por membros de uma facção criminosa. A sequência de crimes começou na sexta-feira (20); teve o dia mais violento na terça-feira (24), quando ocorreram pelo menos 27 ataques criminosos; e perde força desde a sexta-feira (27), quando a Polícia Civil prendeu 44 membros da facção que atua na onda de violência.

O proprietário do veículo destruído na madrugada deste domingo mora próximo de onde aconteceu a ação criminosos. Ao redor do caminhão foram encontrados vidros de garrafas que continham conteúdo inflamável e foram arremessadas no veículo.
Número de ataques por dia no Ceará

Fonte: Levantamento G1

Ele foi alertado por um amigo sobre o incêndio e comunicou ao Corpo de Bombeiros. "Quando eu cheguei estava o fogo. Perda total. Derreteu as partes do motor. Prejuízo grande não compensa não ajeitar", lamentou o proprietário, que usa o veículo para fazer frete.

Onda de ataques e motivo dos crimes

O Ceará atravessa uma série de ataques criminosos desde 20 de setembro. Nesse intervalo, foram registradas pelo menos 104 ocorrências, sendo a maioria incêndios contra ônibus, veículos particulares e prédios públicos e privados.
Nos últimos dias, com o reforço policial, a prisão de dezenas de suspeitos e a transferência de presídios dos chefes de facção, a sequência de crimes perdeu intensidade.

Ceará sofre onda de ataques contra ônibus carros e prédios públicos — Foto: Camila Lima/Sistema Verdes Mares

Até a tarde deste domingo (29), a Secretaria da Segurança Pública totaliza o número 147 pessoas capturadas por suposto envolvimento nas ações, sendo 114 adultos e 33 adolescentes. Somente sexta-feira, 44 pessoas foram detidas em uma operação da Polícia Civil do Ceará, suspeitas de participação na série de atentados.

Segundo o secretário da Segurança do Ceará, André Costa, a onda de violência é uma reação de detentos que querem a volta de "regalias" nos presídios do estado. Mais de 500 presos membros de facções criminosas já foram transferidos de penitenciárias estaduais na tentativa de desarticular a organização responsável por ordenar e executar os atentados. Um deles é o paraibano.

Entre terça e quinta-feira, quando os ataques eram mais frequentes, a frota de ônibus de Fortaleza foi reduzida e circulou com policiais no interior dos veículos. O itinerário foi alterado para evitar circular em bairros onde os crimes são mais frequentes.

FONTE:G1/CE


Nenhum comentário:

Postar um comentário