sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Ceará tem redução de 64% dos casos confirmados de dengue

Os casos confirmados de dengue, no Ceará, tiveram redução de 64% na comparação do período de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020 com igual período de 2018/2019. As notificações, porém, tiveram aumento de 16%. Foram confirmados 173 casos de dengue no estado, entre 29 dezembro de 2019 e 8 de fevereiro deste ano, entre
1.687 pacientes monitorados. Em igual período anterior, entre 2018 e 2019, foram 480 confirmações de 1.454 notificações.
As informações são da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e foram divulgadas nesta sexta-feira (28).
Até o início de fevereiro, 3 casos foram confirmados com o tipo 2 da dengue, considerado um dos mais agressivos, em Fortaleza - dois casos no Bairro Conjunto Palmeiras e outro no Bairro Sapiranga.
O assunto foi tema da 46ª reunião do Comitê Intersetorial Permanente de Enfrentamento às Arboviroses nesta sexta-feira (28). “Este ano, nós estamos particularmente preocupados, como já havíamos sinalizado no final de 2019, porque na época, tivemos uma epidemia de dengue 2 em duas regiões do país, Sudeste e Centro Oeste”, destaca a secretária de saúde de Fortaleza, Joana Maciel.
Joana explica ser comum que epidemias da doença alcancem outras regiões do país. No estado, a atenção está para as crianças que não tiveram contato com o vírus e, por isso, estão mais suscetíveis. “Nós temos 35 mil crianças que nascem, por ano, em Fortaleza. Então toda essa população está vulnerável, e também aquelas pessoas que não tiverem dengue do sorotipo 2, que só confere imunidade quando você tem a infecção”, acrescenta.
As reuniões mensais do comitê monitoram a proliferação da dengue no Ceará para o desenvolvimento de políticas públicas contra a doença. Este período de quadra chuva é classificado como o “mais crítico” do processo de proliferação da dengue por Nélio Morais, coordenador de vigilância em saúde de Fortaleza.

"Todas as forças devem estar concentradas nas ações de campo, os nossos agentes de endemias fazendo o chamado trabalho focal, visitando os imóveis, identificando os criadouros e os focos, eliminando esses focos, junto com o proprietário do imóvel” , afirma Nélio.

Entre os trabalhos de rotina na capital, educação ambiental em cerca de 500 unidades de ensino, mutirões e a Operação Quintal Limpo, lista Nélio Morais. “Temos um sistema de notificação imediata. Hoje, se um paciente, numa unidade de saúde, é notificado com dengue, o nosso sistema já capta e pode desencadear uma ação na área, na residência, entre 24 horas e 72 horas”, cita.

Prevenção

Diminuir o total de casos de dengue e prevenir o retorno do tipo 2 da doença são desafios compartilhados entre o poder público e a sociedade. Conforme Nélio Morais, 80% dos focos de dengue estão dentro de residências, principalmente em locais de armazenamento de água, como tanque, tambor e potes.

Assim, a recomendação é que se realize a supervisão dentro de casa, em pontos como bandejas de geladeiras, ralos e vasos sanitários em desuso, jarros de plantas e no quintal. Já no espaço exterior, Nélio sugere: “uma vez por semana fazer a supervisão de sua casa naquela tríade que a gente tem repetido: olhar se a caixa d'água está vedada, que é obrigação pela legislação de Fortaleza, olhar se tem calhas entupidas para não gerar focos e se tem algo embaixo [no terreno] que possa estar acumulando água”, explica.

Unidades de saúde

Por causa do aumento de pacientes com infecções respiratórias, gastroenterite e conjuntivite durante a quadra chuvosa, a secretária Joana Maciel cita que existe um plano de contingência nas 12 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital para reforçar a capacidade de atendimento.

“Nós temos os 113 postos de saúde, 23 deles têm salas de observação, têm condição de fazer hidratação, têm também condição de entregar resultado laboratorial mais rápido, exatamente para que a gente não sobrecarregue tanto as UPAs e os hospitais”, complementa a secretária.

Fonte:G1/CE

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