Um policial militar foi preso nesta quinta-feira (20) suspeito de atear fogo em um carro particular no Bairro Ossian Araripe, na cidade do Crato, interior do Ceará. A Secretaria da Segurança Pública do Ceará informou que a proprietária do veículo disse aos policiais que motivação do crime seria uma crítica feita por ela, em uma rede social, contra os motins de PMs ocorridos no estado.
O fogo consumiu todo o carro, que ficou destruído. Familiares e vizinhos da proprietária conseguiram conter as chamas, que também atingiram a frente da casa da vítima.
Após a prisão, realizada pela Delegacia Regional do Crato, o suspeito foi levado para a delegacia e autuado. O policial passou por uma audiência de custódia na Comarca de Crato e em seguida foi liberado para responder ao crime em liberdade.
Motim por aumento salarial
Policiais são investigados por motim no Ceará em meio a uma crise na segurança pública — Foto: José Leomar/SVM
Parte dos policiais militares do Ceará realizam desde terça-feira (18) atos que a Secretaria da Segurança Pública considera "motim" e "vandalismo". Os militares fazem parte de um grupo que reivindica aumento salarial.
Uma proposta do governo do estado tramita na Assembleia Legislativa do Ceará é elevar o salário-base de um soldado dos atuais R$ 3,2 mil para R$ 4,5 mil. O aumento de R$ 1,3 mil ocorre de forma progressiva, até 2022.
Como reação ao movimento dos policiais, o Governo do Estado solicitou apoio da Força Nacional, que chegou ao Ceará nesta quinta-feira, e utiliza policiais civis atuando nas ruas.
Resumo
Força Nacional chega ao Ceará, nesta quinta (20), para reforçar a segurança no estado
Em 5 de dezembro, policiais e bombeiros militares organizaram um ato reivindicando melhoria salarial. Por lei, policiais militares são proibidos de fazer greve.
Em 31 de janeiro, o governo anunciou um pacote de reajuste para soldados.
Em 6 de fevereiro, data em que a proposta seria levada à Assembleia Legislativa do estado, policiais e bombeiros promoveram uma manifestação pedindo aumento superior ao sugerido.
Em 13 de fevereiro, o governo elevou a proposta de reajuste e anunciou acordo com os agentes de segurança. Um grupo dissidente, no entanto, ficou insatisfeito com o pacote oferecido.
Em 14 de fevereiro, o Ministério Público do Ceará (MPCE) recomendou ao comando da Polícia Militar do Ceará que impedisse agentes de promover manifestações.
Em 17 de fevereiro, a Justiça manteve a decisão sobre possibilidade de prisão de policiais em caso de manifestações.
Em 18 de fevereiro, três policiais foram presos em Fortaleza por cercar um veículo da PM e esvaziar os pneus. À noite, homens murcharam pneus de veículos de um batalhão na Região Metropolitana.
Em 19 de fevereiro, batalhões da Polícia Militar do Ceará foram atacados por grupos de pessoas encapuzadas e mascaradas. Em Sobral, homens encapuzados em carro da PM ordenaram que comerciantes fechassem as portas.
Fonte:G1/CE
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