quinta-feira, 30 de abril de 2020

Comércio cearense tem perda de R$ 2,9 bilhões em 5 semanas de quarentena

Frente à pandemia do novo coronavírus, o comércio do Ceará acumula perdas de R$ 2,98 bilhões em cinco semanas, de acordo com estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O estado é o oitavo no país com maior acúmulo de perdas de receita, conforme a pesquisa.

No período, segundo a pesquisa, o comércio brasileiro já perdeu mais de R$ 86 bilhões. Quem lidera o ranking é São Paulo, com déficit de R$ 26,58 bilhões, seguido de Minas Gerais (R$ 6,90 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 6,63 bilhões), Santa Catarina (R$ 6,26 bilhões), Paraná (R$ 5,64 bilhões) e Bahia (R$ 3,93 bilhões).

Danos

Entre os prejuízos desse momento para o setor, estão a redução do nível de atividade no varejo, que podem ocasionar a eliminação de até 2,2 milhões de postos de trabalhos formais, no País, em período de até três meses.

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará (Fecomércio-CE), Maurício Filizola, aponta que as dificuldades vivencias pela classe empresarial neste período afetam diretamente a classe laboral.

"Nós já temos dados muito alarmante sobre o número de pedidos de seguro desemprego, que impactará substancialmente a economia. O que mantém uma economia saudável é o dinheiro circulante e se a gente perde muitos postos de trabalho, em que as pessoas perdem de onde ter sua remuneração, isso vai enfraquecer o comércio, que já vinha em uma lenta recuperação", analisa.

O estudo também revela, que o segmento de varejistas que comercializam itens considerados não essenciais, acumula perdas de R$ 78,27 bilhões. Já as vendas de medicamentos e alimentos, que respondem por 37% do varejo, concentram perda de R$ 8,13 bilhões no período.

Restrição do comércio


Praça do Ferreira, no Centro da capital cearense, fica vazia durante a pandemia de coronavírus — Foto: Paulo Alberto/SVM

Segundo a CNC, o déficit no faturamento corresponde ao período de fechamento dos estabelecimentos comerciais decretados por estados e municípios. No Ceará, as lojas classificadas como atividades não essenciais estão fechadas desde o dia 20 de março. A medida decretada pelo governador Camilo Santana segue até o próximo dia 5 de maio.

Segundo Maurício Filizola, mesmo com a busca de alternativas para reduzir os impactos para o setor, como as vendas por e-commerce, as ações não são suficientes para suprir esse momento de crise.

"Claro que existem mecanismos (de venda), além da física, como o e-commerce e o delivery, que avançaram bastante e tiveram um papel preponderante de busca de atender as demandas do cliente, mas isso não é algo que esteja na essência da população de uma maneira geral, não supre este momento de fechamento", comenta.

FONTE:G1/ECONOMIA

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