O empresário David Brito de Farias foi indiciado por homicídio doloso (quando há intenção de matar) no caso da morte da estudante Alana Beatriz Nascimento de Oliveira. A estudante foi morta no dia 21 de março, no Bairro Luciano Cavalcante, na capital.
Alana Beatriz estava na casa do empresário na companhia de amigos para assistir um evento musical. Quando os outros convidados foram embora, de acordo com testemunhas, Alana permaneceu com o empresário na residência e foi atingida por um tiro na cabeça.
Segundo a Polícia Civil, testemunhas foram ouvidas 21 vezes durante as investigações e o exame de eficiência balística comprovou que a arma do crime apreendida estava em perfeito estado de funcionamento. Sendo assim, o suspeito automaticamente se colocou na disposição objetiva de assumir o risco dessa ação que promoveu.
Defesa
A defesa do empresário, o advogado Leandro Vasques, representante do empresário do ramo de cursos de idiomas, disse que o tiro foi acidental e que Davi Brito não tinha intenção de cometer o crime.
"O empresário Davi sem nenhum histórico de agressividade que tinha conhecido a jovem horas antes não tinha qualquer motivo de ceifar a sua vida. O Davi não é praticante de tiro. Ele fez um mero curso que qualquer uma pessoa pode fazer para poder adquirir uma arma para defender seu patrimônio. E Davi adquiriu uma arma apenas oito dias antes do fato. Arma essa que ele jamais havia utilizado. Foi um disparo acidental um fato não desejado pelo empresário".
A arma foi entregue pelo empresário à polícia no dia seguinte a morte da estudante. A arma ainda é periciada. O resultado não foi concluído. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil do Ceará (PCCE).
A Polícia Civil pediu a prisão temporária do Davi Brito no dia 29 de março. O Ministério Público do Ceará (MPCE) foi a favor, mas a 4ª Vara do Júri de Fortaleza deferiu apenas um mandado de busca e apreensão no último dia 15 de abril. A medida foi cumprida na residência do empresário na segunda-feira (19).
Protesto pede justiça
Amigos e familiares de Alana Oliveira realizaram um protesto em frente ao Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, na manhã desta terça-feira (20). Participantes usaram blusas e cartazes para homenagear
A irmã de Alana, Vitória Oliveira, afirmou, que a vida da parente foi arrancada e a família não recebeu nenhuma explicação.
“Ela foi arrancada de nós sem explicação, sem motivo. A Alana gostava muito de viver. Ela não queria ir agora. A gente vem aqui para pedir justiça. Ninguém consegue imaginar um tiro acidental no meio da testa. E ele ser indiciado por homicídio doloso é uma vitória muito grande para gente”, disse.
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