quarta-feira, 29 de julho de 2015
'Ele estava cheirando pó', diz defesa de modelo suspeito de homicídio
Ronaldo Serra, advogado do modelo amapaense Sérgio Luiz Ribeiro da Silva, de 21 anos, negou que o cliente tenha praticado latrocínio contra o fisioterapeuta e carnavalesco Francisco das Chagas, de 48 anos, encontrado morto nesta segunda-feira (1), em Macapá. Ele sustentou que o modelo teria praticado crime de homicídio e admitiu que o jovem "estava cheirando pó" antes do fato. Sérgio da Silva foi preso logo após o corpo do fisioterapeuta ter sido achado, em uma área de mata no distrito de Fazendinha, a 9 quilômetros da capital. A morte do fisioterapeuta é tratada como crime passional pela Delegacia de Crimes Contra a Pessoa (Decipe). O modelo e a vítima teriam um caso amoroso, segundo a polícia.
"Estamos tomando conhecimento de forma mais profunda do caso. Acreditamos que tenha sido um homicídio simples. Ainda não sabemos a motivação, mas a princípio deve ter sido por causa do uso de drogas. Ele disse que estava 'cheirando pó'", disse Serra.
O corpo da vítima foi encontrado com uma lesão e sangue na cabeça, além de estar com uma toalha enrolada no pescoço. Ele teria sido morto na madrugada de domingo (31) na própria casa, no Ramal do Micro Mundo, no distrito de Fazendinha, em Macapá. O cadáver foi encontrado na mesma região. O modelo foi preso na casa dele nesta segunda-feira, no bairro Buritizal, na Zona Sul de Macapá. A polícia encontrou no imóvel do suspeito um televisor que teria sido roubado do fisioterapeuta.
O modelo foi ouvido pela Delegacia de Crimes Contra a Pessoa e aguarda decisão da Justiça. Ele será encaminhado para a penitenciária ou liberado para aguardar as investigações em liberdade. O suspeito não tem antecedentes criminais, segundo a polícia.
O delegado Ronaldo Coelho afirmou que o crime ocorreu na madrugada de domingo durante, segundo ele, um encontro amoroso entre a vítima e o suspeito. O fisioterapeuta foi morto com um golpe de jiu-jítsu.
"Foi um crime passional. O modelo disse que foi para um encontro amoroso com a vítima e no local houve um desentendimento. Ele também afirmou que estava sob efeito de drogas entorpecentes e bebidas", relatou o delegado.
Coelho acrescentou que Sérgio da Silva retirou o corpo do fisioterapeuta da residência e colocou na mala do carro da vítima. Ele ainda visitou a praia de Fazendinha e depois deixou o cadáver em um ramal da região. O modelo chegou a usar o veículo, segundo a polícia, para ir a festas antes de abandoná-lo na tarde de domingo no bairro Perpétuo Socorro, na Zona Leste. Toda a ação teria sido praticada sem o auxílio de ninguém, segundo a polícia.
"Ele disse que apertou demais o pescoço da vítima e não teve a sensibilidade da força. O Sérgio diz que acabou com a própria vida com tudo isso, que, segundo ele, seria promissora na carreira de modelo", disse Ronaldo Coelho.
Crime
O corpo de Fracisco das Chagas Pereira foi encontrado pela Polícia Militar por volta de 10h30 desta segunda-feira. Segundo o tenente Jonas Mourão, do 1º Batalhão da PM, o corpo foi achado sem roupas e com marcas de sangue em uma área de mata no residencial Alphaville, no distrito de Fazendinha, distante 9 quilômetros da capital.
Desde o desaparecimento, a família iniciou uma campanha nas redes sociais em busca da vítima, que era servidor do Ministério Público do Amapá (MP-AP) e carnavalesco da escola de samba Maracatu da Favela. Na publicação, a família informou que ele era natural de Viçosa, no Ceará.
Em nota, o MP decretou luto oficial pela morte de Chagas, acrescentando que ele era servidor do órgão há 23 anos. Segundo o Ministério Público, ele prestou relevantes serviços para a instituição. A Promotoria de Investigações Criminais (PICC) iniciou uma apuração para levantar os motivos do suposto crime.
O MP comunicou que o corpo de Francisco Chagas será velado a partir das 22h no prédio do Ministério Público, e na terça-feira seguirá para o estado do Ceará.
FONTE:G1-CE
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