Hoje apresento mais uma crônica, onde retrato a vida e significado das pessoas que atrapalham o desenvolvimento da meritocracia, causando todo tipo de problema em administração pública e particular. Informamos ainda que este texto apenas mostra uma ponta do iceberg da corrupção na maioria das cidades do interior do Brasil.
Em seu livro “O PRÍNCIPE”, escrito em 1513 e publicado em 1532, Nicolau Maquiavel já advertia à autoridade em epígrafe que ele perderia determinada batalha justamente porque os “puxa-sacos” que o rodeavam não o deixavam ver após eles. Como dá pra se notar, os bajuladores, tal qual a barata tem resistido a todas as mudanças, não somente no que tange ao clima, mas e, sobretudo, às tentativas de modernização nos postos de comando ao longo do tempo.
É lamentável como, a exemplo de 1513, quando Maquiavel escreveu o seu best seller, ainda hoje perdure essa raça miserável, que, como cupim, empesteia os órgãos públicos, agarrando-se, com unhas e dentes ao chefe, principalmente se tal chefe for muito vaidoso ou, em alguns casos, um babaca que pensa que é “aquele Roberto Carlos” e, em verdade, não é lá essas coisas. É apenas incompetente.
E nesse imenso Brasil brasileiro, sem mistura de estrangeiro, o que mais vemos, são mandatários que nada mais são do que simples prepostos. Gente que se elege, apenas, para servir de anteparo a administrações anteriores, encobrindo desmandos e chamando para si a responsabilidade por atos que não cometeu, sem imaginar – e para isso se faz necessária a atuação dos babões que os aplaude – que um dia, responderá por tais atos perante a justiça.
Não fossem os babões a encobrir-lhe a visão, quem sabe o babaca não se mancaria e, consciente do papel que lhe delegou o povo, agiria de outro modo, denunciando os culpados, dando nome aos bois e livrando-se assim de punições futuras.
Por isso os governos, estão cheios de gente que se aproveita da incapacidade administrativa de certos gestores “bananas” e incompetentes, para aconselha-los a cometer atos que ferem os princípios, até mesmo legais, contrariando normas vigentes, criando situações na tentativa de desviar o foco do que realmente acontece e que o despudor dos mandantes precisa acobertar a fim de cumprir compromissos escusos assumidos ao arrepio da Lei.
Tentar amordaçar a imprensa amedrontando-a com processos descabidos, comprar jornalistas e órgão de notícias que gostam do “milho”, ameaçar servidores com perseguições, descumprir mandados judiciais, oferecer propina, fraudar licitações e sonegar informações garantidas por Lei, muitas das vezes provêm do aconselhamento pernicioso do bajulador.
Legislador mal intencionado, assim como o bajulador, é outro problema crônico na administração brasileira. Veja o que acontece no Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais e tire suas próprias conclusões.
Mas, como a praga dos indesejáveis babões – tal qual a barata – já existia nos idos de vários séculos, ao tempo de Maquiavel, é bem provável que sobreviva até mais adiante, até que políticos de vergonha, de caráter e cumpridores da ética e da decência apareçam e mudem este estado de coisas. Ou que, na melhor das hipóteses, o nosso eleitor aprenda a votar livremente.
É difícil, mas não impossível.
Fonte:Diário do Grajaú.com.br
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