quinta-feira, 30 de junho de 2016

"Na quarta- feira de cinzas estarei num consultório",diz Ivete Sangalo sobre ser enredo no carnaval


Enredo da Grande Rio no ano que vem, Ivete Sangalo desembarca na casa de shows carioca Barra Music, nesta sexta-feira (1º), já em ritmo de Carnaval, para a nova edição do Chá da Veveta. “Estou querendo tocar um samba da escola na festa. Estou me sentindo poderosa”, avisa ela. Apesar do lado festivo, a cantora ainda lamenta o episódio em que fãs foram agredidos em um show recente. “Foi um grupo isolado e ignorante no Centro de Tradições Nordestinas. Muito triste”, diz.

Como é para você ser enredo da Grande Rio?

Estou me sentindo uma rainha, a mais chique e poderosa. Estou me achando mesmo. Não sei como vai ser lidar com isso depois dos dias de folia. Na Quarta-Feira de Cinzas, estarei num consultório. Como vou ser enredo da escola no ano que vem, estou querendo tocar um samba deles no Chá da Veveta, sabe? Quero fazer uma onda com isso. E o Rio nunca é compromisso, é farra. Eu adoro.

Fãs foram agredidos em um show recente. Como você ficou?

Foi no Centro de Tradições Nordestinas, um lugar onde isso não tem vez. Achei uma atitude covarde e preconceituosa. Foi um grupo isolado e ignorante. O que aconteceu em Orlando também é um retrato disso. Muito triste.

A cantora não pensa em ter uma carreira “americana”: “Não tenho essa pretensão, teria de rever toda a minha estrutura” (Foto: Divulgação)

Você é feminista, como vê a questão do assédio?

Acho que virou uma condição do mundo essa igualdade entre os gêneros. Acredito muito em potencial, independentemente do sexo. Mas o machismo é muito grande. Existe isso nas próprias mulheres, não em mim. A gente tem de se comportar de forma livre. O caso da menina estuprada por vários caras, por exemplo. Ela pode ter proposto de manhã que iria transar com 50 homens, mas, no momento em que ela não dá o consentimento, isso tem de parar. Não importa. Isso precisa ser respeitado.

Você tem a ambição de ter uma carreira nos Estados Unidos?

Eu saio do país e tenho meu público em outros lugares, os brasileiros me disseminam por aí. Quando vou à França, é casa lotada na certa. Mas ter uma carreira americana, fazer um disco todo na língua, entrar na lista da Billboard? Não tenho essa pretensão. Não sei qual é o sabor de ser megaconhecida mundialmente. E eu teria de sair do Brasil, rever toda a minha estrutura.

FONTE:ÉPOCA

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