Medalha de ouro e artilheiro do Brasileirão, Gabriel Jesus foi um dos mais caçados. Logo aos 27 segundos de jogo, após uma falta de Gum, o atacante palmeirense percebeu que seu dia não seria dos mais tranquilos. Coube aos visitantes - na tabela, porque na arquibancada a maioria foi palmeirense em Brasília mais uma vez - explorar seu ritmo intenso de jogo, adiantando a marcação na saída de bola, e de toque de bola desde o campo de defesa, reforçado com o retorno do colombiano Mina.
Quando as faltas eram o destaque do confronto, qual foi a receita do Palmeiras para acalmar a partida? A melhor possível: gols. Duas vezes em seis minutos. A primeira delas em bola parada - Jean cruzou da direita e Dudu, de voadora e contando com colaboração de Diego Cavalieri, abriu o marcador. Na segunda, Jean aproveitou rebote e, de fora da área, acertou o ângulo.
Com boa vantagem no placar, o que seria natural para o time que joga fora de casa? Talvez aliviar a pressão, diminuir intensidade no ataque e se preocupar mais em proteger o seu sistema defensivo, correto? Isso tudo parece não fazer parte do Palmeiras de Cuca.
Já na segunda etapa, foi comum ver uma linha de quatro adiantada no campo de ataque, para dificultar a saída de bola do Fluminense. Quando Moisés, cansado, pediu para ser substituído, a opção por Cleiton Xavier pode até ter assustado o palmeirense mais conservador. Fazia sentido ter mais um armador em campo, quando os cariocas tentavam buscar o ataque no desespero? Sim, principalmente porque o camisa 10 conseguiu distribuir o jogo e acalmar a partida nos toques de bola.
Quando a defesa deu espaço, Jaílson apareceu para salvar o Verdão e deixar tudo tranquilo. Poderia até ter sido mais tranquilo se o excesso de individualismo não prejudicasse a equipe palmeirense nos contra-ataques. A melhor chance para marcar foi do volante Gabriel, em chute de fora da área que acabou acertando a trave de Cavalieri. Mas nada atrapalhou a festa dos palmeirenses, que ensaiaram gritos de "olé" nas arquibancadas.
Líder, o Palmeiras fechou a 22ª rodada do Brasileirão com ainda mais folga. Com 43 pontos, o Verdão tem agora são três de vantagem para o segundo colocado e uma folga de oito para o primeiro clube fora do G-4. Se considerar a diferença de saldo para o Fla (18 gols para os alviverdes e seis gols para os rubro-negros), o time de Cuca conseguiu folga de uma rodada na liderança. O próximo compromisso será na arena, no dia 7 de setembro, contra o conturbado São Paulo. Hora de disparar?

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