Não foi no GP do México deste domingo que foi decidido o título da temporada 2016 da Fórmula 1. Para levar a taça com duas corridas de antecipação, Nico Rosberg precisava vencer e torcer para seu companheiro de Mercedes, Lewis Hamilton, não passar da 10ª colocação. Mas o britânico entrou no Autódromo Hermanos Rodriguez determinado a levar a disputa adiante. Largou da pole position e não deu chances para ninguém, vencendo pela oitava vez no ano e pela 51ª vez na carreira, igualando o tetracampeão Alain Prost como segundo maior vencedor da história da categoria (confira o top 10).
Correndo com o regulamento debaixo do braço, Rosberg evitou riscos ao longo da prova e cruzou em segundo. Com o resultado, o alemão chegou aos 349 pontos, 19 a mais que Hamilton (330), e pode ser campeão caso vença o GP do Brasil, no dia 13 de novembro, independentemente da posição do inglês. Caso não consiga a vitória em Interlagos, Nico dependerá de uma combinação de resultados. Veja lista abaixo. A temporada se encerra dia 27 em Abu Dhabi.Para ser campeão no Brasil, Rosberg precisa:
- vencer
- chegar em 2º e Hamilton, em 5º
- chegar em 3º e Hamilton, em 6º
- chegar em 4º e Hamilton, em 8º
- chegar em 5º e Hamilton, em 9º
- chegar em 6º e Hamilton, em 10º
A corrida mexicana vinha monótona até as voltas finais, quando foi incendiada por uma polêmica disputa entre Max Verstappen e Sebastian Vettel pelo terceiro lugar no pódio. O holandês, que chegou a ameaçar Rosberg em duas ocasiões (uma vez na largada e outra em uma tentativa de ultrapassagem durante a corrida), recebeu a pressão do tetracampeão no fim da prova. Após levar o bote de Vettel, Max tentou frear tarde para defender a posição e acabou cortando a chicane da curva 1. Apesar de orientação da RBR, Max se recusou a ceder a posição para o alemão e recebeu a bandeirada em terceiro. Porém, acabou punido pela direção de prova com o acréscimo de 5 segundos ao seu tempo total. Com isso, perdeu o lugar no pódio para Vettel e, de quebra, o quarto lugar para Ricciardo.
Quanto aos representantes brasileiros, Felipe Massa largou em nono e chegou em nono, enquanto Felipe Nasr começou em 19º e cruzou a linha de chegada em 15º. O veterano da Williams destacou-se com boas defesas de posição (contra Vettel no início, e contra Sergio Pérez no meio da corrida). Já o jovem da Sauber arriscou uma estratégia ousada: adiou o pit stop até a 51ª volta, mas a tática acabou não fazendo a diferença.
Resultado do GP do México (Foto: Divulgação)
LARGADA - Pole position, Hamilton arrancou bem e conseguiu manter a ponta na largada. O britânico, porém, errou a freada da primeira curva, fritou pneus e passou reto na chicane, passando pela grama, mas mantendo-se na liderança. Em segundo, Rosberg sofreu uma tentativa de ultrapassagem de Verstappen e precisou cortar também parte da chicane para evitar o toque.
Mais atrás, Hulk tomou a quarta posição de Ricciardo, enquanto Massa passou Vettel e Bottas, subindo de nono para sétimo. Nasr ganhou ainda mais posições, e pulou de 19º para 16º. Lá no fundão, Gutiérrez acabou tocando em Wehrlein, que rodou e abalroou Ericsson. O alemão da Manor abandonou, enquanto o sueco da Sauber foi para os boxes e seguiu na corrida.
1/71 - Durante a primeira volta, Sainz não deu espaços para Alonso, que saiu da pista em uma disputa de posição. Voltas depois, o jovem da STR foi punido pelo incidente. O safety car virtual foi acionado em razão da batida na largada. Daniel Ricciardo e Jolyon Palmer aproveitaram para antecipar a primeira troca de pneus. Ericsson, por sua vez, foi aos boxes consertar o carro.
4/71 - A corrida foi retomada na quarta volta. Hamilton manteve-se na liderança, seguido por Rosberg, Verstappen, Hulk, Raikkonen e Massa.
6/71 - O incidente entre Rosberg e Verstappen na primeira curva foi investigado pela direção de prova, que classificou o episódio como incidente de corrida e decidiu não aplicar punição ao holandês.
10/71 - Nas 10 primeiras voltas da prova, Hamilton abriu 3s5 de vantagem para Rosberg. Verstappen vinha em terceiro, a cerca de 2s da Mercedes do alemão.
12/71 - A briga mais interessante no começo de prova era entre Massa e Vettel pela sexta colocação. Com uma Ferrari mais veloz, o alemão perdeu a paciência por ser segurado pelo brasileiro. E, para variar, reclamou pelo rádio: “Ele é estúpido. Ele está afundando a si mesmo disputando posição”.
15/71 - Vettel parou de ter motivos para reclamar quando Massa foi aos boxes. O brasileiro colocou pneus médios e retornou em décimo. Rapidamente deixou Nasr para trás e subiu para nono.
17/71 - Hamilton fez seu primeiro pit stop e trocou os pneus macios (faixa amarela) pelos médios (branca). O britânico voltou em quarto. Com isso, Rosberg assumiu a liderança provisoriamente, seguido por Raikkonen e Vettel. Verstappen havia feito o pit stop voltas antes e aparecia em sexto.
21/71 - Foi a vez de Rosberg ir aos boxes. A Mercedes cogitou fazer um ajuste na asa do alemão, mas desistiu, para não correr o risco do piloto perder posição para a dupla da RBR. Sem ainda ter feito pit stops, Vettel assumiu a liderança provisória.
22/71 - Em estratégia diferente, Ricciardo não ofereceu resistência para Verstappen, que assumiu a quarta colocação.
24/71 - Piloto da casa, Pérez partiu para cima do nono colocado Massa. O mexicano mergulhou do lado na primeira curva, para delírio da torcida. Mas não conseguiu frear a tempo, passou reto e precisou devolver a posição.
32/71 - Líder provisório, Vettel, enfim, foi para os boxes. O alemão conseguiu dar 32 voltas com os pneus macios, virando, às vezes, mais rápido até que as Mercedes. O tetracampeão retornou à pista em sexto, atrás do companheiro Raikkonen.
40/71 - Com 40 voltas completadas, Hamilton liderava, com 4s de vantagem sobre Rosberg. Verstappen era o terceiro, seguido por Ricciardo, Raikkonen, Vettel, Hulk e Bottas. Massa aparecia em nono, defendendo primorosamente a posição das investidas de Pérez. Nasr, único da pista que ainda não havia parado nos boxes, aparecia em 12º.
50/71 - Verstappen foi, aos poucos se aproximando de Rosberg, que perdia tempo com tráfego. E quando o alemão encontrou o retardatário Sainz no meio do caminho, o holandês aproveitou para tentar o bote. Apesar de não estar colado, Max mergulhou por dentro na curva 4, mas foi muito otimista na manobra. Ele passou reto e levou o “X” de Rosberg, que manteve a segunda posição.
51/71 - Em 12º, Felipe Nasr, enfim, fez seu primeiro pit stop e colocou pneus supermacios (faixa vermelha), os mais aderentes dos tipos escolhidos para o GP. O brasileiro retornou em 16º;
52/71 - Ricciardo fez seu segundo pit stop e colocou pneus macios (faixa amarela). Australiano voltou em sexto, mas rapidamente se livrou de Hulkenberg, para assumir a quinta posição.
67/71 - A corrida ficou morna por diversas voltas. Até Vettel chegar de vez em Verstappen, partindo em busca de um lugar no pódio. Após levar o bote do alemão, o holandês tentou frear mais tarde para segurar a posição. Ele acabou passando reto, cortou a chicane e voltou à frente de Vettel.
68/71 - Mais atrás, Raikkonen, sétimo, colocava do lado de Hulkenberg para assumir a sexta posição. O alemão da Force India se assustou na disputa e acabou rodando.
69/71 - Pelo rádio, a RBR aconselhou Verstappen a deixar Vettel passar, por ter ganhado vantagem ao cortar caminho pela grama. O holandês, no entanto, se recusava a ceder a posição, para irritação do alemão e da Ferrari.
70/71 - A teimosia de Verstappen fez Ricciardo colar em Vettel. O australiano tentou dar o bote no piloto da Ferrari que, já irritado com a polêmica, recusou-se a perder o quarto lugar e fechou a porta em uma manobra arriscada.
71/71 - Lá na frente, alheio à toda a confusão, Hamilton levava a bandeirada em primeiro lugar. Rosberg veio em segundo, 8 segundos atrás. Verstappen cruzou em terceiro, mas foi punido pela direção de prova por não dar passagem para Vettel, teve 5 segundos acrescidos ao tempo total e caiu para quinto, atrás também de Ricciardo.
FONTE:G1/FÓRMULA 1
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