terça-feira, 30 de maio de 2017

Morre o ex-ditador panamenho Manuel Antonio Noriega

O ex-ditador do Panamá, Manuel Antonio Noriega, morreu na noite de segunda-feira (29), aos 83 anos, no Hospital Santo Tomás, na Cidade do Panamá, informação confirmada nesta terça (30) por seu advogado, Ezra Ángel, e pelo secretário de Estado de Comunicação, Manuel Doninguez.

"Confirmado", respondeu laconicamente, o advogado de Noriega, que permanecia internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI), em estado grave, desde o dia 7 de março, quando lhe foi removido um tumor cerebral benigno.

“O senhor Noriega morreu esta noite”, afirmou o secretário de Estado de Comunicação, Manuel Doninguez.

O ex-ditador panamenho Manuel Noriega na chegada à prisão (Foto: Arquivo / Rodrigo Arangua / AFP Photo)

O antigo "homem forte" do Panamá, que governou o país entre os anos de 1983 e 1989, quando foi derrubado por uma invasão dos Estados Unidos, morreu por volta das 23h (horário local, 1h de Brasília, nesta terça), segundo os dados divulgados pela impressa local.

O estado de saúde de Noriega se complicou após sofrer uma hemorragia, poucas horas depois de ser submetido a uma operação no cérebro, no início de março, tendo que passar por uma segunda intervenção cirúrgica.

Desde então, o ex-ditador estava na UTI do Hospital Santo Tomás, o maior do país, e foram frequentes os rumores da sua suposta morte ou de mais complicações de sua saúde já frágil.

Imagem de dezembro de 2011, do ex-ditador na prisão (Foto: Governo do Panamá / via AFP Photo)

Noriega foi extraditado para o Panamá no dia 11 de dezembro de 2011, após cumprir mais de 20 anos de prisão nos EUA e na França por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Ele cumpria mais de 60 anos de pena na prisão El Renacer, nos arredores da capital panamenha, até o dia 28 de janeiro deste ano, quando a Justiça lhe concedeu prisão domiciliar temporária para que fizesse o pré e o pós-operatório fora da prisão.

Em 2010, a Justiça panamenha abriu um novo processo criminal contra ele por sua suposta responsabilidade no desaparecimento, em 1970, e posterior morte do líder da esquerda, Heliodoro Portugal, mas o julgamento foi suspenso no ano passado por conta dos problemas de saúde que afligiam o ex-ditador.

FONTE:G1/INTERNACIONAL

Nenhum comentário:

Postar um comentário