segunda-feira, 1 de maio de 2017

Vitória de Bottas na Rússia é surpresa tanto para Ferrari quanto para Mercedes



Antes de os treinos do GP da Rússia começarem Sebastian Vettel, da Ferrari, afirmou que o Circuito de Sochi era mais favorável a Mercedes. Mas depois das três sessões livres e da classificação, onde ele e seu companheiro, Kimi Raikkonen, demonstrarem ser mais velozes que Valtteri Bottas e Lewis Hamilton, da Mercedes, tendo estabelecido até mesmo a primeira e segunda colocação no grid, a vantagem passou quase totalmente para a Ferrari. Quem ganhou a corrida, neste domingo, no entanto, foi Bottas.

Esse foi o desfecho de um mais um GP em que quase tudo o que os pilotos e seus engenheiros imaginavam para a fase seguinte da competição acabou não acontecendo. Dava para apostar alto na vitória de Bottas com Vettel e Raikkonen na primeira fila e dispondo de, aparentemente, um carro mais veloz? Assim como na prova anterior, em Bahrein, fazia muito sentido acreditar que Vettel iria receber a bandeirada em primeiro, com Bottas e Hamilton na primeira fila?

Os acontecimentos não apenas nas 52 voltas da corrida neste domingo, na Rússia, como ao longo do fim de semana ratificaram a imprevisibilidade da F1 nesta temporada. Os antecedentes de um episódio que levam a determinadas consequências não servem de referência para outro de natureza semelhante. “Eu não esperava ser tão rápido na primeira série de voltas com os pneus ultramacios, depois da largada”, afirmou Bottas. “Eu não esperava ser tão mais rápido com os pneus supermacios depois da parada”, disse Vettel. Os dois casos são exemplos das surpresas frequentes, este ano.

Sobre a largada


Confira o replay da largada do GP da Rússia, com direito a visão dos pilotos

Algumas questões ficaram no ar no Circuito de Sochi. A primeira: se Vettel e Raikkonen desfrutassem na condição de largar na primeira fila e não tivessem perdido a liderança para Bottas, tendo de começar a prova em segundo e terceiro, teriam vencido?

Obviamente ninguém pode prever o futuro. Mas essa foi a pergunta que o GloboEsporte.com fez a dupla da Ferrari depois da bandeirada, na entrevista da FIA.

O alemão falou: “Bem, é difícil ultrapassar, vamos ver dessa forma. Penso que seria difícil para Valtteri colocar pressão em nós, ainda que tivesse um ritmo melhor na primeira série de voltas. Eu estava com dificuldades no início e depois pude acelerar mais e reduzi a diferença. Se nós tivéssemos mantido nossas posições nós tínhamos velocidade para nos manter lá”. Para Vettel, não há dúvida: “Nós começamos a perder a corrida na largada”.
Lewis Hamilton no GP da Rússia de 2017, Mercedes (Foto: Getty Images)
O piloto da Ferrari se estende na resposta: “Ele (Bottas) fez uma grande largada, o que este ano é crucial. Estava (a vitória) nas nossas mãos. Mas ele realizou um ótimo trabalho, esteve mais veloz na primeira série de voltas e não nos deu oportunidade de colocá-lo sob pressão para tentar algo no pit stop, por estarmos longe”. Nas etapas de Melbourne e Xangai, apesar de ter iniciado atrás de pelo menos um piloto da Mercedes, Vettel venceu, por adotar o que falou, estar próximo de Hamilton ou Bottas, antecipar o pit stop e levar o adversário regressar a pista atrás de si, o undercut.

A Ferrari largou mal, com Vettel e Raikkonen, ou Bottas foi além das expectativas quando as luzes vermelhas apagaram? O vencedor do GP da Rússia respondeu: “Dei uma boa largada, talvez um pouco melhor que Sebastian no começo, mas claro aqui o uso do vácuo é essencial. Você pode pegar o vácuo do carro a sua frente, ganhar velocidade e eu consegui fazer isso. Mesmo estando pelo lado de fora eu pude chegar na curva na frente de Sebastian para poder fechar a porta. Foi o que aconteceu”.
Classificação final - GP da Rússia (Foto: Reprodução/Twitter)

FONTE:G1/FÓRMULA 1 

Nenhum comentário:

Postar um comentário