Os celulares do presidente Jair Bolsonaro também foram alvo dos mesmos hackers que invadiram o Telegram do ministro da Justiça, Sergio Moro . O Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou nesta quinta-feira que, por questão de segurança nacional, foi informado pela Polícia Federal de que aparelhos celulares utilizados por Bolsonaro sofreram ataques pelo grupo de hackers preso na última terça feira. "Por questão de segurança nacional, o fato foi devidamente comunicado ao Presidente da República".
A Operação Spoofing prendeu na terça-feira quatro suspeitos de envolvimento na invasão ao Telegram de Moro (Justiça) e de outras autoridades. Os presos são Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira, Danilo Cristiano Marques e Walter Delgatti Neto. Além do perfil dos integrantes do grupo, sabe-se que um deles assumiu a autoria dos ataques cibernéticos e que houve movimentações suspeitas nas contas de dois integrantes do grupo.
Walter Delgatti Neto, um dos alvos da operação, confirmou ontem em depoimento à Polícia Federal ter atuado na invasão do celular do ministro Sergio Moro, de procuradores da Força-Tarefa da Lava-Jato, como Deltan Dallagnol, e de outras autoridades atacadas.
Ele foi primeiro dos quatro presos a depor. Delgatti falou à PF na noite de anteontem, quando a operação foi deflagrada. Depois foi a vez do casal Gustavo Santos e Suellen Priscila de Oliveira.
Em junho O GLOBO mostrou que o vazamento de diálogos entre o então juiz federal Sergio Moro, atual ministro da Justiça, e o procurador Deltan Dallagnol provocou uma mudança de hábito no alto escalão do governo Jair Bolsonaro.
De acordo com um auxiliar do Planalto, o caso envolvendo o ministro Moro acendeu o alerta de como o governo e seus integrantes estão expostos e, portanto, a orientação era redobrar as medidas de segurança. Segundo a mesma fonte, a tendência é que, finalmente, assuntos sigilosos sejam tratados apenas por telefones criptografados, ou seja com tecnologia que protege os dados dos aparelhos.
O presidente e outros integrantes do Executivo sempre preferiram o aplicativo de mensagens, como WhatsApp e o Telegram, para se comunicar e tratar inclusive de temas considerados confidenciais, mas foram orientados a migrar as conversas para telefones criptografados fornecidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
FONTE:EXTRA
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