A série de entrevistas terá ainda nesta semana Marina Silva (Rede). Ciro Gomes (PDT) e Jair Bolsonaro (PSL) já foram entrevistados.
A equipe do Fato ou Fake checou as principais declarações de Geraldo Alckmin. Leia:
JORNAL NACIONAL
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"(Aécio Neves) foi afastado da presidência do partido. Nunca me passou pela cabeça ser presidente do PSDB. Eu só fui eleito presidente do PSDB porque ele foi afastado. O partido fez o que tinha que ser feito: afastou, fez nova eleição, elegeu uma nova direção partidária e o Aécio responde na Justiça".
O senador Aécio Neves se licenciou da presidência do PSDB. Ele não foi afastado, como afirma o candidato.
Em 18 de maio de 2017, Aécio divulgou uma nota comunicando que estava se licenciando da presidência do partido. Na mesma nota, Aécio diz ter indicado à Executiva Nacional do PSDB o nome do senador Tasso Jereissati (CE) para exercer a função interinamente.
A licença de Aécio da presidência do partido ocorreu no mesmo dia em que ele foi
afastado do mandato de senador por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato.
Um dia antes, 17 de maio, o dono da JBS Joesley Batista entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) a gravação de uma conversa entre ele e Aécio, na qual o
senador pede a ele R$ 2 milhões para pagar a defesa do tucano na Lava Jato.
Pressionado, em 9 de novembro Aécio afastou o senador Tasso Jereissati (CE), que comandava o PSDB interinamente, e reassumiu a presidência do partido para, logo em seguida, indicar o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman para ficar no posto. Ele deixou o cargo. Novamente, não foi afastado.
Goldman comandou o partido por um mês. Em 9 de dezembro, a convenção nacional do PSDB elegeu Geraldo Alckmin para a presidência da sigla. Alckmin recebeu 470 votos a favor e 3 contra. Houve uma abstenção.
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"Em Alagoas... Questão local, eu não sou candidato a presidente da República do Fernando Collor de Mello nem do PTC. O PTC não me apoia, a coligação do PTC não é com o PSDB".
De fato, o PTC não está entre os partidos que, em âmbito nacional, apoiam a
candidatura a presidente de Geraldo Alckmin. Estão na coligação do tucano PTB, PP, PR, DEM, Solidariedade, PPS, PRB e PSD. O PTC está aliado nacionalmente ao Podemos, ao PRP e ao PSC, que têm
Alvaro Dias como candidato ao Palácio do Planalto.
Contudo, o PSDB é o principal partido da chapa que, em Alagoas, tem Fernando Affonso Collor de Mello como candidato ao governo. O vice de Collor, aliás, é do PSDB: o vereador Kelmann Vieira, de Maceió.
Dos partidos que nacionalmente se aliaram a Alckmin, estão na coligação de Collor, além do PSDB, o PP, PSB, PSC, PROS, PRB e o DEM. Nenhum dos outros quatro candidatos ao governo de Alagoas é de partido que esteja nacionalmente coligado a Alckmin.
O único palanque possível para o tucano em Alagoas é o de Collor. O ex-presidente, que sofreu impeachment em 1992, é atualmente senador com mandato até o fim de 2022. Ele retornará ao Congresso Nacional caso seja derrotado na disputa estadual.
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"O Eduardo Azeredo já está afastado da vida pública há quase dez anos".
Eduardo Azeredo
renunciou ao mandato de deputado federal em 19 de fevereiro de 2014. Naquele dia, a carta de renúncia foi lida no plenário da Câmara dos Deputados. A leitura do documento era necessária para que o ato de renúncia fosse oficializado.
A renúncia de Azeredo se deu 12 dias depois de o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) documento com as alegações finais no processo que ficou conhecido como mensalão mineiro. Com isso, a ação penal entrou em sua reta final antes de ir a julgamento.
Azeredo foi acusado pela PGR pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, acusado de desvio de recursos públicos, por meio de empresas de publicidade, para sua campanha à reeleição ao cargo de governador de Minas Gerais, em 1998.
Em 27 de março daquele ano, o plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu enviar o processo do mensalão mineiro para a primeira instância da Justiça de Minas Gerais. A maioria dos ministros considerou que, com a renúncia, Azeredo perdeu o foro privilegiado.
Em dezembro de 2015, Azeredo foi condenado em primeira instância a 20 anos e 10 meses de prisão em regime fechado.
Em agosto de 2017, o Tribunal de Justiça mineiro manteve a condenação de Azeredo. A pena foi reduzida para 20 anos e 1 mês de prisão em regime fechado.
Em 22 de maio deste ano, o TJ-MG negou o último recurso da defesa do ex-parlamentar, e decretou a prisão dele – com base no novo entendimento do STF que permite o início do cumprimento de pena após condenação em segunda instância.
No dia seguinte, Azeredo se entregou em uma delegacia de Belo Horizonte. Por ser ex-governador do estado, o político foi encaminhado para cumprir pena numa sala de Estado Maior dentro de um quartel do Corpo de Bombeiros.
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"Tínhamos, em 2001, 13 mil assassinatos por ano. Reduzimos para 11,10, 9, 8, 7, 8, e, no ano passado, 3.503, para 45,5 milhões de habitantes. São Paulo é maior que a Argentina".
Em relação à comparação com a Argentina, a informação também está correta. O estado de São Paulo tem aproximadamente 45,6 milhões de habitantes segundo projeção do IBGE. Já dados do Banco Mundial apontam que a população da Argentina é de 44,3 milhões de pessoas.
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"Quando o Fernandinho Beira-Mar, que é aqui do Rio de Janeiro, o governo federal não tinha onde colocá-lo, não existia penitenciária de segurança máxima no Brasil. Nós já tínhamos em São Paulo três penitenciárias de segurança máxima"
Fernandinho Beira-Mar chegou à Penitenciária Presidente Bernardes, no interior de São Paulo, em 27 de fevereiro de 2003. Na ocasião, já existiam pelo menos três presídios de segurança máxima no Rio de Janeiro: Bangu 1, onde estava o traficante, Bangu 2 e Bangu 3. O primeiro foi inaugurado em 1988.
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"Não tem (comunicação com o mundo exterior). Nós temos o scanner, nós temos controle, nós temos penitenciária de segurança máxima antes do governo federal. Tem regime disciplinar diferenciado, isolamento absoluto".
Casos recentes mostram que há, sim, comunicação de presos com criminosos fora da cadeia, inclusive em presídios de segurança máxima. Uma investigação do Ministério Público de São Paulo revelada em julho deste ano mostra que a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) mandou matar centenas de pessoas em vários estados do Brasil a partir da Penitenciária 2, de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. As ordens e os pedidos de autorização para o assassinato de rivais da facção chegavam e saíam da penitenciária por meio de cartas, que, depois de lidas, eram descartadas na rede de esgoto, de acordo com a Promotoria. Telas instaladas no encanamento ajudaram a represar o material.
Entre os pedidos de assassinatos estão os que originaram a rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, em janeiro de 2017, que terminou com 26 mortos; a rebelião em Crateús, no interior do Ceará, em outubro de 2017, quando três pessoas foram encontradas mortas a tiros e facadas na Zona Rural da cidade; e o assassinato do agente penitenciário Alex Belarmino Almeida Silva, morto com 23 tiros em setembro de 2016, em Cascavel, Paraná.
Em maio deste ano, a GloboNews também teve acesso
a gravações telefônicas autorizadas pela Justiça que mostram diálogos entre criminosos e o traficante Wilson Gonçalves Moreira, conhecido como “Pelé”, preso na Penitenciária 2 de Lavínia, no Noroeste paulista, outro presídio de segurança máxima do Estado.
Em um dos áudios, “Pelé” ensina um traficante chamado Jorge a fazer as drogas renderem mais. A investigação do Ministério Pública apontou que, mesmo preso, ele chefiava parte do tráfico de drogas na Baixada Santista.
Também não é possível dizer que scanners têm barrado a entrada de aparelhos no sistema. Agentes penitenciários aprenderam, apenas em 2017, 664 aparelhos celulares em 21 dos 23 presídios de São Paulo que possuem bloqueadores de sinal.
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"Você sabe quantos presos nós temos em São Paulo? 228.000 presos, nós temos 22% da população brasileira, 35% da população carcerária".
Levantamento feito pelo G1 em janeiro deste ano mostrou que São Paulo tinha 225.874 presos, o equivalente a 33% da população carcerária do país. Os dados do sistema penitenciário foram obtidos com todas as secretarias da Administração Penitenciária dos estados. É o dado oficial mais atualizado do cenário brasileiro, já que o último Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), do Ministério da Justiça, foi divulgado em dezembro de 2017, mas com dados referentes apenas a junho de 2016. O levantamento do G1 foi feito dentro do
Monitor da Violência, parceria do portal com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O estado de São Paulo tem em 2018, segundo estimativas do IBGE, 21,8% da população brasileira, com 45,5 milhões de habitantes.
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"Quando eu assumi o governo em 2011, ele (Paulo Vieira de Souza) já estava fora do governo (...) Quando eu assumi o governo, o Rodoanel Sul estava inaugurado e ele não estava mais no governo"
Paulo Vieira de Souza deixou a diretoria da Dersa, em abril de 2010. O trecho Sul do Rodoanel foi inaugurado no mesmo mês pelo então governador Alberto Goldman, que havia assumido após a saída do titular José Serra, ambos do PSDB.
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"As minhas campanhas sempre foram feitas de maneira simples. E rigorosamente dentro da lei. Nunca teve cartão nenhum. Aliás, a própria pessoa que fez essa delação, ela nem participou da reunião, ela mesmo disse".
Quando foi candidato à Presidência da República em 2006, Geraldo Alckmin gastou R$ 79,2 milhões, de acordo com o TSE. Ficou atrás apenas do vencedor daquela eleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que desembolsou R$ 91,4 milhões na campanha.
Nas últimas duas campanhas que fez para governador de São Paulo, Geraldo Alckmin foi um dos que mais gastaram, segundo dados do TSE. Em 2010, quando foi eleito, o candidato registrou despesa total de R$ 34,2 milhões, a maior do pleito, acima de Aloízio Mercadante (PT), com R$ 20,2 milhões, e Paulo Skaf (PSB), com R$ 18,2 milhões. Na campanha para reeleição, em 2014, Alckmin desembolsou R$ 40,3 milhões, sendo superado naquela eleição apenas por Alexandre Padilha (PT), que gastou R$ 47,9 milhões.
Sobre o cartão, três delatores da Odebrecht afirmaram que houve pagamento de caixa 2 para a campanha de 2010 de Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo. Benedicto Junior, Carlos Armando Paschoal e Arnaldo Cumplido. As delações fazem parte do pacote de colaborações premiadas de ex-executivos da empreiteira, homologadas em janeiro de 2017 pela presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia.
O delator a que o candidato faz referência é Carlos Armando Paschoal. Em seu depoimento à Procuradoria-Geral da República, Paschoal relatou ter acompanhado um falecido conselheiro da Odebrecht, Aluisio Araújo, em um encontro com Alckmin em um escritório particular do então candidato. Ele diz que Araújo pediu a ele que aguardasse na antessala do candidato enquanto conversava com Alckmin no escritório. Segundo Paschoal, o pedido de caixa 2 foi feito quando estavam apenas Alckmin e Araújo reunidos.
No restante do depoimento, no entanto, o delator afirma que logo após o encontro foi chamado à sala. Lá, diz que recebeu, sim, um cartão com nome e contatos do cunhado de Alckmin, Adhemar Ribeiro. Mais tarde, segundo o relator, ele foi informado por Araújo quando já estavam no carro sobre a combinação para o pagamento de caixa 2 para a campanha. Paschoal afirmou à PGR que ele mesmo fez os contatos com o cunhado de Alckmin para combinar os pagamentos dos valores, em cinco ou seis encontros. Os valores pagos por meio de caixa 2 chegaram a R$ 2 milhões, de acordo com o delator.
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JORNAL DAS DEZ
"Nós temos hoje 440 mil crianças ainda de 4 e 5 anos fora da pré-escola".
O número de crianças nessa faixa etária fora da escola consta do relatório do 2º Ciclo de
Monitoramento das Metas do Plano Nacional de Educação (PNE), divulgado em junho. A meta era de que 100% das crianças do Brasil estivessem matriculadas na pré-escola até 2016, mas 450 mil não foram atendidas.
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"Hoje de cada 100 alunos, 41 não terminam o ensino médio".
Segundo estudo elaborado pelo
Movimento Todos pela Educação em abril de 2017, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2015, 41,5% dos jovens brasileiros de 19 anos não terminam o ensino médio no país. O estudo
“Education at a Glance”, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), também divulgado em 2017, aponta que, cinco anos após ingressarem no ensino médio, 41% dos estudantes brasileiros abandonam a escola sem se formar.
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"Hoje, você tem o déficit primário. Quem assumir no dia 1º de janeiro, já entra devendo R$ 139 bilhões pela LDO. Sexto ano".
Segundo dados do Tesouro Nacional, o primeiro ano da série de déficit primário do governo central foi em 2014, quando gastou R$ 23,482 bilhões a mais do que arrecadou. O ano de 2017 foi o quarto ano seguido de déficit (R$ 124,261 bilhões), o que representou 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018 prevê déficit ainda maior, de R$ 161 bilhões para este ano (2,26% do PIB), enquanto a LDO de 2019, que foi aprovada pelo Congresso e segue para sanção presidencial, projeta déficit de R$ 139 bilhões para o ano que vem, que será o sexto consecutivo de déficit.
Fonte:EXTRA